A vida

sábado, fevereiro 17, 2007

As pessoas pensam ou reagem? Qual é o mistério eterno encontrado na pequenez humana. Existe um mundo onde as pessoas estão inseridas. É um palco onde os eventos são desenrolados. Forjam-se personagens e os seres o interpretam. Dando ênfase num ponto ou no outro. Misturasse com isto a individualidade de cada um. E o envolvimento que eles têm com o mundo exterior. Historias são inventadas. Uma sucessão de tarefas a cumprir. Uma esfera de perturbações é criada, e as perturbações geram mais perturbações infinitamente. Nada é solucionado definitivamente. Um prisma de energia chamado emoções circula ganhando conotações na interação consigo mesmo e com os outros. Isto é importante, aquilo não é importante. Definisse as prioridades. Porem, tudo é importante. Principalmente aquilo que não tem nenhuma importância.

Isto é vida? Sentimentos, emoções, prazeres, a felicidade, as motivações, as necessidades... sim, aparentemente, isto é vida. No entanto, a morte é um fim e o retorno. O desafio da vida contra a morte é tênue. Uma vela clamando por luz, num momento ínfimo, contra a profunda noite sem fim. Diante desta pequenez, nós os vivos, deveríamos nos recolhermos numa concha diminuta e deixar a escuridão nos perpetuar. E, apesar dos obstáculos, olhamos para frente e prosseguimos. Não nos intimidamos diante da incerteza, banhamo-nos de luz e esperança, repletos de uma fé inabalável e encaramos cara a cara a dor que a vida implica. A vida não é um projeto pronto, ela esta em andamento. A morte e a escuridão existem desde que o universo é universo. A vida é uma tentativa que foi descoberta recentemente. Nem mesmo ela sabe onde vai chegar. Ela tateia na escuridão que é a morte, procurando uma brecha onde a sua luz possa brilhar... A vida diante das incertezas é cega, profundamente cega, porém, a cada passo que dá enxerga mais. Um dia, talvez ela abarque todo o universo e expulsara a escuridão. Hoje...

Desconhecemos o que é esta tal de vida que nos da origem. Usufruímos desta existência tangencialmente, obliquamente; sentimo-las como se ela estivesse morta em nós. Não acordamos diante da realidade. A vida é a eterna guerra contra a morte. Onde nós somos guerreiros que não devemos desistir nunca. A vida em nós precisa ser revificada. Entendida como uma experiência cientifica. Ela precisa ser totalmente compreendida. Não há tempo a perder. A morte, esta inimiga espectral, galga espaço inexoravelmente todos os dias. E só há uma única chance. Se falharmos, se falharmos, toda a luta terá sido em vão. Um sopro difuso que a morte levou embora, dissipando no limbo da inércia. Por isto! Vivos, vida, rejubilasse, erga-te e grite a pleno pulmões, não deixe esta luz se apagar nunca.

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