Número Um

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Se a vida pudesse ser explicada por ela mesma tudo seria mais fácil. A vida tem uma explicação à parte... fora da sua atuação primaria. Longe dela tudo faz sentido, dentro dela tudo é confusão. A sua existência é um erro. Ela não faz parte da existência da existência. É um atrito entre um pulso e uma freqüência; uma fenda temporal, uma abertura diminuta entre o nada e o tudo. A presença dela corrompeu a homogeneidade do universo, incluiu o caos e a incerteza. O estático é mais duradouro. O movimento é uma corruptela da inércia. Nada disto pode ser medido objetivamente. É um jogo sem solução, uma inconformidade com as leis universais. Porem, num misterioso enigma, a sua existência é parcialmente real. Proposições parassimpático poderiam perpetuar permanentemente parte primordial perdida para pronto poder paralelo.

O agora não pode ser eternizado, os momentos precisam ser vivenciados um a um, numa sucessão lógica, que é uma direção, de... para... O tempo como condição de existência não existe. É uma medida abstrata da realidade. Serve apenas para concatenar eventos. A velocidade existe, mas isto não implica em nenhuma mudança temporal; apesar de se ter uma falsa sensação de ampliação ou diminuição do tempo. Só existem a velocidade, o espaço e a matéria ou energia em equilíbrio. O resto descende da interação destes objetos.

O comportamento é uma medida de assimilação a alguma lei implícita ou explicita. As sensações são prismas diferentes de visualizar a realidade. O ser vivo é uma ligação a um movimento, a padronização de um movimento e a capacidade da autopromoção deste movimento; quando o movimento se torna auto-sustentável. Primeiro veio a supressão do movimento, depois, a sua propagação, posteriormente o movimento recolhesse... A matéria é a expansão do movimento. E o espaço é a matéria super expandida.

A verdade, ela mesma, esta longe da verdade, ela, não esta capacitada a se ligar a um evento fora do seu contexto a ponto dela se tornar exata; ela é variável. Isto tudo que eu escrevi, se não tem nenhum sentido, é para não ter mesmo; porque os sentidos não explicam objetivamente a realidade, nem os meus que são mais apurados.

O amor é um tremendo sentimento de incompletude, ao se completar ele é satisfeito, quando se liga ao pedaço que lhe falta. Quem busca a auto-suficiência extermina o amor e se interioriza profundamente, da mesma maneira que um buraco negro faria para sugar a realidade. O sábio, que é completo, não ama a ninguém, nem a si mesmo; porem, sempre ajuda o próximo sem esperar nada em troca.

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