Modus Operantis

sábado, fevereiro 17, 2007

As emoções sempre me incomodaram. E vi nelas, não só uma necessidade, como também um agregado inútil de significações. E sempre tentei colocar elas num local secundário, apesar das impossibilidades. Colocando no centro a razão, o entendimento e a atuação constante da consciência. Tentando não só catequizar e controlar as emoções como também suprimi-las. O amor sempre me despertou mais sofrimento do que felicidade. E esta emoção sempre foi vista como a mais perigosa, traiçoeira e libidinosa de todas. A mola mestra onde as outras se ramificariam. E esta, com mais freqüência, deveria eliminar para me tornar livre e auto-imune. A dor gerada pela necessidade de amor quando não se possui o amor ou não se pode possuir, é a mais dolorosa de todas e desta surge variações.

Eu vejo as emoções como se elas fossem um agregado de informações racionais e eventos marcados psicologicamente ou recalcados (traumas) que foram sintetizados inconscientemente e subconscientemente. É uma construção ampla de significados semelhantes que cria um determinado mapa cerebral que definira estratégia sintetizadas que deverão ser tomadas. É um Modus Operantis, ou modo de operação. Em suma, as emoções ou o Modus Operantis, resume as potencialidades de um ser humano, agregara os seus defeitos e qualidades, e a força que ele tem para lidar com o mundo externo, determinando diferentes tipos de compotamento ou estado emocionais. AS emoções sempre estão associadas a ação ou a supressão da ação e como a interação com o meio externo e interno se dará. Se uma pessoa cria um Modus Operantis deprimido e frágil a sua ação se focara sempre neste aspecto. Se uma pessoa se vê contrariamente a isto irá atuar segundo o seu Modus Operantis presente. As pessoas poderão ter vários Modus Operantis dependendo do prisma de significações que cada evento origine; estes Modus Operantis secundários estarão associados a um primário, que marcara mais proximamente como será o seu comportamento principal e as variações deste comportamento. Como as emoções estão associados à ação imediata num rompante, num jorro de energia, pode-se mudar instantaneamente um determinado comportamento para outro antagonicamente diferente, alterando um Modus Operanti habitual. Um Modus Operantis determina onde as energias ou ação biologia, ou química e psicologia, serão descarregadas ou acumuladas ( acumular energia psíquica ou emocional pode acarretar grandes sofrimentos ou estados emocionais crônicos e atitudes impensadas e intempestivas). Um Modus Operantis determinará ações corriqueiras e cotidianas, agregando valor e significados a cada reação. Como o Modus Operantis ou emoções é uma síntese ou resumo, muitas vezes se perde o correspondente racional ou bioquímico que o formou, há somente uma configuração racional e aspectos limitantes onde a ação será executada. A modificação de um Modus Operantis estabelecido é muito difícil, porque no cérebro cria uma longa cadeia de significados e trajetórias onde a informação vai passar; mudar um Modus Operantis requer a criação total de uma nova configuração mental e novos símbolos mais representativos; uma mudança integral de uma longa cadeia de significados, que percorrera todo o cérebro e criar um novo mapa mental. É uma tarefa extremamente árdua e pesada.

2 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Sei la, nem emoções ando mais sentindo... :(