Gostaria que as pessoas me amassem por aquilo que sou

sábado, fevereiro 24, 2007

Não gostaria que as pessoas me amassem por um motivo especifico, mas por mim mesmo, do jeito que sou. Não por aquilo que poderei me tornar ou por alguma modificação que precisarei realizar. Gostaria que as pessoas me amassem por amor, somente amor... sem que para isto fosse necessário qualquer outra condição.

Ser bonito ou feio é uma condição passageira. Os dois estão ligados e fazem parte da mesma moeda. O que hoje é bonito amanhã poderá ser horrível. E os dois são e foram a mesma pessoa. Quem carrega à beleza também carrega o gérmen do horrível. Estas condições fazem parte de um mesmo ser. Tal qual a perfeição ou a imperfeição. Ambos estamos presentes no individuo.

Todos buscam a perfeição, mas isto não pode ser motivo para desprezar o imperfeito, ambos co-existem em mutuo acordo. Tudo aquilo que é imperfeito demanda a perfeição, e aquilo que é perfeito não tem por aonde ir... Quem ama a perfeição, não pode deixar de amor o imperfeito que o originou.

Me amem por aquilo que sou não por aquilo que poderei vir a ser. O “vir a ser” é uma especulação, onde o acerto e o erro andam juntos, onde as vitórias e os fracassos se mesclam; é uma possibilidade que pode ocorrer, é um campo de incertezas que não fundamentam nenhum grande amor. Quem espera por um futuro glorioso deixa de vivenciar o presente. Quem me ama, amara também o belo e o feio que carrego dentro de mim, o lado positivo e o negativo, tanto os aspectos maléficos quanto os benéficos; tudo isto é indissociável a mim. Ninguém ama uma especulação, e sim o real, mesmo que este real seja humano e falho.

Mesmo que ninguém me ame desta maneira. Mesmo que todos queiram tirar alguma vantagem e cultivar algum beneficio próprio. Sei... que eu deverei me amar do jeito que sou. Aceitar-me com os defeitos e as qualidades que possuo. Se não fizer isto desistirei de mim no momento da derrota e não terei animo para levantar-me rumo à vitória.

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