Crepúsculo e o processo da massificação, ou despersonalização

segunda-feira, novembro 23, 2009

O fenômeno da saga do crepúsculo mostra o como a sociedade está vulnerável a modismo descabidos. Mostra tão somente o grau de massificação a qual a sociedade está exposta, e mostra o quanto as pessoas deixam de lado o pensamento e inserem-se num universo de alheio, pois não tem a capacidade de construir a sua própria personalidade. E, o quanto as pessoas são totalmente falhas e incompetentes na formação de valores individuais que estão ligados a própria trajetória de suas vidas. A vida das pessoas foi transformada numa colcha de retalhos onde o "eu" foi expulso do seu lugar devido, e deu entrada ao  "eu social", sem que o individuo, passe pela peneira da critica, o filtro que é capaz de dar sentido a vida e explicar a individualidade de um ser humano. Neste ponto, os seres humanos, se tornam presas fáceis, facilmente manipulados, sem vontade própria, apenas, um títere dos fenômenos da massificação.

No caso do crepúsculo, é um fenômeno puramente feminino. Personifica as carências e os desejos das mulheres, principalmente adolescentes. As mulheres do futuro, estão sendo criadas sob os desejos desta saga, e os homens, deverão seguir o protótipo criado nesta saga. Caso o homem, não se despersonalizasse, e se transforme no mocinho da saga do crepúsculo,  as mulheres de 30 irão reclamar, e chamaram estes homens que não se enquadrarem neste novo modelo de homem de "cafajestes" - cafajestes é a designação de um ser humano que não cumpre obrigatoriamente os desejos de seu sexo oposto, neste caso as mulheres. Portanto, este processo de massificação vai alterar significativamente a personalidade das mulheres pela vida toda, e por osmose, os homens também serão afetados, mesmo que detestem e achem totalmente ridículo a saga do crepúsculo.

O processo da massificação, existe antes e existirá depois do fim de crepúsculo. Não está ligado ao livro e nem aos filmes. Este processo sempre existiu na forma de uma sociedade que cria constantemente processos massificadores, por meio do marketing. O que o crepúsculo traz a tona e tornar visível o quanto este processo está presente na vida das pessoas. É apenas um índice que pode ser medido, quantificado, como um termômetro social, para que vejamos o quanto este processo domina as pessoas e o grau desta doença social e o quanto é precário os mecanismos e os filtros de realidade, que poderiam impedir tal demência coletiva, ou, delírio em massa.

Quanto maior for deficiência das pessoas e da sociedade, em relação a crítica, a auto-crítica, a construção da própria psique, do seu universo mental, maior também será a facilidade e a infestação (como uma praga qualquer) destes fenômenos de marketing. E mais, a medida que isto se torna crônico e crescente a qualidade de uma obra que se torna "massificada" diminuirá. Portanto, para que uma obra comercial (nunca cultura, nem artística) se torne um sucesso absoluto é necessário imprescindivelmente que está obra seja ruim, de fácil acessibilidade (todos precisam entender, desde aqueles que tenham QI de 50 à 150), num linguajar simples, compreensível e que impreterivelmente esteja ligado diretamente aos "desejos" e medos desta geração. Uma observação que se faz necessário dizer e é importantíssima, é que dificilmente existirá dois fenômenos de massa existindo ao mesmo tempo, um tenderá a esmagar os outros, um tenderá a diminuir substancialmente a prevalência dos outros. Somente quando o atual está morrendo, e que poderá nascer um novo. O próprio esmagamento da consciência impedira o crescimentos de vários canceres generalizados, o prevalente ceifara a vida dos outros, o desejo fixado, obcecado e doentio impedirá a formação de novos tumores na consciência.

O que é a saga do crepúsculo? Ela não é nada e não tem importância significativa em nenhum ponto. Ela representa simplesmente o zero. Não podemos encara-lá como um veiculo que terá alguma vida própria, ela é um espelho invertido, que vê uma figura embaralhada. Não se pode analisar está obra e querer encontrar um simbolo arquétipo relevante. Indo direto as fatos, ela personaliza o desejos das adolescente de encontrar um amor eterno, um príncipe encantado, um salvador, que irá a salvar da sua condição de fragilidade absoluta e total vazio existencial, é tão somente, a promessa da conciliação consigo mesmo pela dependência eterna do outro, já que o "eu", foi asfixiado, morto, enjaulado, descaracterizado, pulverizado, pelo medo crescente, pela total ruptura do ego e o seu descafelamento, em cargas de ansiedades crescentes moldada pela insegurança generalizada. Este arquétipo feminino, e também de muitos homens, sempre existiu, e todos os fenômenos de massa que exploraram cientificamente e mercadologicamente, esta vulnerabilidade humana, tal como titanic, ghost, etc, não tinham uma qualidade em si, não era detentor de nenhuma  grandeza, eram meros espelhos, que colocavam em foco um conflito e a resolução de um conflito e a sua ilusão máxima. O amor trouxe ao homem toda a felicidade, cobrindo-o de gloria resplandecente, a qual, depois de realizar tal intento, viveram felizes para sempre. Dizendo explicitamente é meramente uma ilusão, uma alienação crescente na realidade, uma simplificação absoluta, que, em meio ao objeto requerido todo o sofrimento acaba instantaneamente. Tal processo ocorre pelo mesmíssima razão na religião. Se dizer amém, e cumprir religiosamente os mandamentos, tu será salvo, encontrará a felicidade absoluta, e todos os seus problemas irão acabar. Pura enganação!!!

Para uma obra ficcional fazer sucesso ela precisa colar "geneticamente" na psicologia de uma geração, conhecer os seus anseios, medos, fragilidades, e propor soluções mágicas, criando ilusões singulares. Isto, não é e nunca vai ser nenhum mérito da autora, a autora é também um processo de massificação que já foi iniciado. Se a autora não for um processo de massificação, com todas as características negativas de todos os processos de massificação, ela nunca conseguira criar tal obra. Ela, é tão vitima do sistema, quanto qualquer adolescente que foi engolfado nesta armadilha medonha. Na maior parte das vezes, os gênios são sempre os incompreendidos, aqueles que foram relegados ao segundo plano, aqueles que estão obscurecidos. Os gênios, são aqueles que não tem fama, por propor uma nova maneira de ver o mundo e a realidade, criam uma linguajem que é considerada indecifrável pela maioria, e o seu ponto de vista, por chocar diametralmente contra o da massa causa horror, aversão, e muitas vezes humilhações, o colocando-o por debaixo do tapete. Pois a mentira que traz a ilusão e preferível a verdade que traz sacrifícios, uma total remodelagem da consciência e o trabalho extenuante oriundo deste processo.

A verdadeira ditadura. A ditadura do capitalismo.

domingo, novembro 22, 2009

Primeiro, eu sou totalmente favorável a ditadura. Em comparação, obviamente, à aquilo que se chama de democracia, ou mais especificamente, a ditadura involuntária. Porque é obvio, que não existe nada parecido com "liberdade", na democracia, o que existe, é uma ditadura disfarçada, onde os meios de comunicação, que são os pais desta nova forma de ditadura, comandam os destinos dos países e das pessoas. Porque a ditadura, clássica é tão refutada, principalmente pelos meios de comunicação e pelos ricos? Está resposta também é obvio, um ditador não quer perder o seu poder e também, na ditadura estatal, ocorreu algo inédito, os poderosos perderam o seu poder, algo que sempre ocorreu aos pobres, sabendo que hoje, no mundo de hoje,  o poder dos pobres é praticamente nulo. Enfim, quer se estabelecer um ditadura universal onde os ricos tem poder absoluto, e os pobres vivem numa opressão gigantesca, sabendo que hoje, a opressão não ocorre explicitamente, e sim, implicitamente. Ou seja, ninguém vai violentar uma pessoa, mas a própria engrenagem do sistema, foi criado especificamente para que os excluídos sejam violentados e mortos barbaramente, já que eles não tem absolutamente nenhum direito, vivem a margem da sociedade, em favelas, sofrendo todo o tipo de escassez onde a falta de dinheiro - o dinheiro representa poder, e é um estigma com o proposito de indicar quais são as pessoas que devem ser violentadas pelo sistema -,  é o representante direto do grau de sofrimento. E a falta de dinheiro, a construção de uma sociedade totalmente desigual, foi e é premeditada, como forma bruta de promover a violência contra os desfavorecidos.

Nisto tudo voltamos a ditadura. Falar em democracia, em liberdade, em "direitos", é uma reles falácia despropositada e descabida. A liberdade é definida não pela existência de uma sociedade onde entre aspas, coloca na sua diretriz direitos que igualam os seres humanos entre direitos e deveres, e sim, onde os meios de acesso a sociedade são proporcionalmente iguais, ou promovam o crescimento dos seres humanos. De que adianta, promover a igualmente, em leis, sabendo que o que dá acesso aos meios de promoção de vida e engrandecimento das potencias humanas está ligado a obtenção do dinheiro. Sabendo mais, que a desproporção de dinheiro na mão de umas pessoas vão caracterizar a total escassez de dinheiro na mão da grande maioria, promovendo, uma total imobilidade social, onde os ricos tem o poder absoluto, vindo do dinheiro, e os pobres, são massacrados e vivem na pior das ditaduras, já que eles não podem ingressarem na sociedade por não ter o passaporte que dá acesso a todos os direitos que lhe foram roubados. Portando, de uma forma nazista e ditadorial, trocasse a ditadura estatal, por uma outra ditadura tão odiosa quanto ela, ou seja, a ditadura econômica. Qual é a diferença entre trocar a ditadura estatal pela ditadura econômica. E não me venham falar que o pobre tem a capacidade e a liberdade de se tornar rico. A própria riqueza, pelo seu modo de ser, sempre vai ser caracterizada pela enorme diferença e disparidade, ou desequilíbrio que existe entre o rico e o pobre, está é a forma que ela foi organizada. Mesmo que um pobre, por um golpe do destino progrida e se torne rica, isto não alterara em nada a maneira como a sociedade está organizada, mesmo porque o excesso de dinheiro na mão de um novo rico é usada para que ele crie uma nova geração de pobres. Estamos falando em divisão, e em poder, o fato de uma pessoa conseguir mais dinheiro, não vai significar que está nova configuração ira mudar a sociedade, porque o desequilíbrio vai perdurar. E é impossível que os meios naturais da economia promova uma distribuição igualitária do poder na forma de uma distribuição igualitária do dinheiro a toda a população. E neste caso, numa ditadura econômica, os seres humanos se transformam em lobos, em assassinos, em ladrões, em golpistas, em reles mercenários, onde o proposito principal de todos os seres humanos e criar fortuna, acumular poder, criando uma guerra hedionda, uma verdadeira e real guerra fria, acirrando disputas e criando e explicando todo o tipo de monstruosidades que um ser humano pode fazer com outro ser humano, isto, tanto na área econômica, quanto em forma de violência social, a qual, a violência social poderia ser encarada como um subproduto da guerra economia que os seres humanos estão travando.

Primeiro deve existir uma ditadura do bem, que diga exatamente o que ser humano pode fazer ou não. Colocando cada ser humano no eixo. Não uma falsa liberdade, onde se dá o direito, entre os seres humanos de se tornarem ditadores, acumulando dinheiro - (dinheiro na forma de poder, e na forma de obtenção de direitos ilimitados, dando até mesmo o direito, daquele que tem o dinheiro de promover matança ilimitada). Deve-se lembrar que a luta promovida pela mídia e pelos ricos, contra a ditadura estatal, é uma luta não favorável a ética e os direitos das pessoas, e sim, uma luta favorável a todo o poder e todo o massacre que os ricos cometem com a obtenção do poder e do dinheiro, e o direito ilimitado, dos ricos, de promoverem uma lavagem cerebral global na cabeça das pessoas. Os ricos, os donos da mídia, estão dizendo claramente, quero continuar a ser um ditador, quero continuar a ser um Deus e quero como um ditador qualquer ter o direito ilimitado de escravizar as pessoas, não quero que as pessoas tenham absolutamente nenhum direito. Mesmo porque, o direito dos pobres está ligado, não ao direito de falar ou de ser censurado, mas, o pobre tem o direito de falar abertamente, desde que a censura já esteja totalmente instalada na cabeça do pobre, e desde que novas informações e denuncias contra o sistema não sejam promovidas pelo sistema, e o próprio sistema, tendo o poder de manipular abertamente qualquer informação pode rebater qualquer critica. Ou seja da-se uma suposta liberdade, mas não dá o acesso a promoção desta liberdade, está liberdade fica restrita e quando ela escapa dos meios habituais, criasse preconceitos para destruir esta ideia. Sabendo que, já existe uma censura alarmante e cronica, está censura que é promovida sub-repticiamente pelos meios de comunicação chamasse alienação generalizada, é a cultura do prazer (sexo, drogas, música, entretenimentos, etc), com o objetivo claro de impedir a capacidade critica e reflexiva, e transformar o ser humano num idiota mental (que pensa que é o bom, o sabidão, o "cara") mas na realidade é um sujeito passivo, ingenuo, um reles escravo sem nenhuma dignidade, um ser "despersonalizada", ou "massificado", um ser vivo "zumbificado".  E ao meu ver, é mil vezes melhor viver numa ditadura que se tem o esclarecimento e mantem-se a liberdade de pensamento, mesmo que oprimido pelo sistema; do que, viver numa sociedade onde até mesmo o direito de pensar foi extirpado  e este ser humano foi transformado num zumbi, alienado, retardado que perdeu totalmente a capacidade de pensar e agir criticamente. Ou seja, a melhor ditadura não é aquela que usa a força bruta para aprisionar os seres humanos, a ditadura mais horrenda é aquela que usa a "sedução" e manipula a mente do ser humano, transformando ele num escravo, mas sem que ele saiba que é um escravo e dando a impressão que ele governa a si mesmo, que ele é senhor de seu destino, quando na realidade ele é um escravo da sociedade.

Todo brasileiro é corrupto, independente dele ser político ou não

domingo, novembro 01, 2009

O povo brasileiro deve ser considerado, o povo mais ordinário que existe na face da terra, em praticamente todos os sentidos. Se existe uma palavra que não faz parte do dicionário do brasileiro, é a palavra respeito. E o brasileiro tem a desfaçatez de chamar os políticos de corruptos. Sinceramente os políticos não são corruptos, os políticos são nada mais, nada menos do que relés e ordinários brasileiros, como o resto da população, dai, se explica a sua perversão, a sua corrupção, e a sua despreocupação e desrespeito com o seus próximo. As ações dos políticos, a malandragem que é marca registrada deste povinho, a busca pelo prazer da embriaguez e do entorpecimento dos sentidos, tudo isto, faz parte do repertório do brasileiro. Aliás, a palavra "brasileiro", deveria ser sinônimo no mundo de: desrespeito, vandalismo, malandragem, falcatrua,  busca pelo prazer que entorpece a mente (cerveja, som alto, perversão sexual), libidinagem, vadiagem, paternalismo, individualismo, etc...

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