Na minha mente preciso ser tudo. Preciso ser o emissor e o receptor. Quem cria a dor e quem a soluciona. O examinador e quem é examinado. E como jogar xadrez sozinho o tempo todo. Eu, preciso ser “tudo” ao mesmo tempo, e isto é uma obrigação imposta pela mais puro e absoluto isolamento. As idéias vão e voltam circulando hermeticamente em minha mente infinitamente; elas não saem, não há escapatória, ninguém para me ouvir. O pensamento precisa ser visto, analisado por todos os ângulos, nas mais diversas formas; porque eles não saem da minha cabeça. Os pensamentos ficam me torturando e pedem uma solução impossível, ficam circulando infinitamente sem encontrar saída. Mas, o pensamento é alterado infinitamente e as soluções são infinitas; mas sempre falta “coragem” para colocar as idéias em pratica. Por isto, elas continuam na minha cabeça circulando e criando dor, criando traumas, criando atrito... Porém, os pensamentos se dividem em dois, em mil, e um milhão; o caos toma conta de tudo; fragmentos de uma alma despedaçada, de um coração dilacerado, uma mente estraçalhada... perde-se a visão do todo. O todo é aniquilado em um milhão de pedaços dispares, todos brigando... como numa arena sangrenta, onde, nunca existe um vencedor.
A visão do ying e o yang sempre estão expressas ou implícitas em todos os meus gestos. Mesmo quando digo uma coisa o seu oposto está implícito. Nada é definitivamente definido, tudo está em suspensão. Eu preciso ser duplo. A causa e o efeito. O erro e o acerto. O certo e o errado. A tese e a antítese. O bem e o mal. O tudo e o nada. A esperança e a descrença.
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