1-7 Eu sou tudo - 06/11/2006

terça-feira, novembro 07, 2006

Algumas pessoas poderam dizer, ou pensar que eu não vi um ângulo qualquer. Mas acontece que eu já vi todos os ângulos possíveis de uma questão.

Na minha mente preciso ser tudo. Preciso ser o emissor e o receptor. Quem cria a dor e quem a soluciona. O examinador e quem é examinado. E como jogar xadrez sozinho o tempo todo. Eu, preciso ser “tudo” ao mesmo tempo, e isto é uma obrigação imposta pela mais puro e absoluto isolamento. As idéias vão e voltam circulando hermeticamente em minha mente infinitamente; elas não saem, não há escapatória, ninguém para me ouvir. O pensamento precisa ser visto, analisado por todos os ângulos, nas mais diversas formas; porque eles não saem da minha cabeça. Os pensamentos ficam me torturando e pedem uma solução impossível, ficam circulando infinitamente sem encontrar saída. Mas, o pensamento é alterado infinitamente e as soluções são infinitas; mas sempre falta “coragem” para colocar as idéias em pratica. Por isto, elas continuam na minha cabeça circulando e criando dor, criando traumas, criando atrito... Porém, os pensamentos se dividem em dois, em mil, e um milhão; o caos toma conta de tudo; fragmentos de uma alma despedaçada, de um coração dilacerado, uma mente estraçalhada... perde-se a visão do todo. O todo é aniquilado em um milhão de pedaços dispares, todos brigando... como numa arena sangrenta, onde, nunca existe um vencedor.

A visão do ying e o yang sempre estão expressas ou implícitas em todos os meus gestos. Mesmo quando digo uma coisa o seu oposto está implícito. Nada é definitivamente definido, tudo está em suspensão. Eu preciso ser duplo. A causa e o efeito. O erro e o acerto. O certo e o errado. A tese e a antítese. O bem e o mal. O tudo e o nada. A esperança e a descrença.

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