1-16 Escrever melhor, expressar melhor... - 14/11/2006

sábado, novembro 18, 2006

Recebi duas dicas importantíssimas para escrever melhor. Uma é não ter pudor com o papel. E a outra e não jogar fora nada que se escreve. Eu poderia colocar outra é escrever sem pensar, e sem ter consciência do que se esta escrevendo. Pensar, por estranho que possa parecer, atrapalho o ato de descrever ou expor de maneira convicta a idéia. Isto pode parecer paradoxal mas quanto mesmo eu penso melhor eu escrever e exponho as minhas idéias; agora, quando penso meio a idéia fica paralisado, sem encontrar espaço para sair, circulando num mesmo ambiente sem sair do lugar: o pensamento fica entorpecido pelo ato de pensar. Isto é parecido com a situação de um gago que não consegue expressar de maneira correta; fica titubeando, indo e vindo... O pensamento deve ser livre e desimpedido, nem o próprio pensamento, pode interromper o seu fluxo natural; e quando a consciência teima em analisar o próprio pensamento isto cria um atrito monumental. É como se o movimento, que tem com principio universal “dilatar-se”, tentasse, inutilmente, cessar o seu próprio movimento, através de uma terrível auto-analise.

Quando imagino algo na minha mente sem ter a “responsabilidade” de expressá-lo na realidade, a idéia flue com espontaneabilidade, sabedoria e convicção. Quanto tento expor no papel a idéia fica turbulenta, fugidia, confusa; e o medo a duvida paralisa completamente o meu pensamento. Numa situação desta deve-se relaxar e esquecer-se “das cobranças, da opinião alheia; deve-se, principalmente, esquecer-se de si mesmo, para assim, conseguia uma liberdade maior; porque o ”si mesmo” é uma forma de prisão, pois expressa todo um conjunto de paradigmas enraizados na mente, e isto, sempre causa atrito entre o ato de ser e não ser.

Enfim, o ato de escrever bem, é simplesmente uma evolução de si mesmo, onde caminhamos pelos nossos pensamentos. E caminhar em nossos pensamentos e como dirigir bem. No caminho haverá buracos, um transito infernal, os próprios medos e inseguranças; lidar com o outro e suas neuroses e nervosismo que são outros aspectos de nós mesmos; o barulho, a impaciência do outro e de nos mesmos, e todos os aspectos envolvidos nisto. Mas, quando conseguimos catalisar tudo isto e nós matemos calmos e seguros, tudo flue naturalmente; e, principalmente, dirigimos sem “pensar”, pois o pensamento já foi elaborado e os caminhos foram solucionados... e nos resta utilizá-lo sem titubear.

O mais importante é escrever sem nenhum receio ou inibição... não ter medo do “papel”, e expor tudo o que se passe em nossa mente, sem nenhuma barreira ou repressão; sem se espantar com o nosso próprio pensamento e não ficar calculando qual será a reação do outro, porque o outro é o outro o outro tem o seu universo próprio, com suas regras, preconceitos, conceitos, gostos... e este outro universo pode colidir com o nosso, ou, se unir em unisosso e completar-se com o nosso.

PS. Eu estou escrevendo tudo isto porque tive uns problemas que me fez ficar paralisado por alguns dias e com muito medo de expor as minhas idéias.

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