1-5 Detesto minha família - 04/11/2006

domingo, novembro 05, 2006

Decididamente detesto a minha família. Eles só sabem gritar, fazer escândalos, xingar e brigar, brigar, brigar... Para uma pessoa como eu isto é terrível. E impossível viver nesta família sem me isolar definitivamente.

O meu pai, sempre foi, e sempre será, totalmente ausente na minha “educação”... ele nunca deu a mínima para os filhos. Sempre foi um pai ausente e extremamente egoísta. Só sabia se embebedar e brigar infinitamente com minha mãe. E eu, tratei, imediatamente, de me afastar dele o mais rápido possível . E cortar todos os laços afetivos que poderia ter com ele. O que restou foi um infinito ódio! E um modelo de homem terrivelmente mau, indiferente e egoísta... que transfiro, fatalmente, para o resto da humanidade.

A minha mãe também era extremamente violenta. E tive de me afastar dela logo na infância . Porque ela não entendia a minha sensibilidade, e queria me “curar” na base da violência. O resultado e que tive que me afastar dos dois. E este é o modelo de seres vivos que eu tenho em casa.

A minha mãe, sempre acho, que a minha doença era, um simples, jeito de ser. E nunca me encaminhou para um médico. As duas vezes que fui encaminhado para um psiquiatra foram por parentes, regularmente, distantes. A primeira vez foi por uma tia e a segunda vez foi por uma prima. A minha mãe, a minha família, nunca me encaminhou para nenhum médico... e nem teria me ajudado em nada, é obvio. Pelo contrario, eles sempre, pioraram o meu estado; eles sempre me fazem sentir mais isolado, abandonado e com um grandioso ódio pela humanidade.

Eu sou extremamente sensível, suscetível e rancoroso... Afasto-me, rapidamente, de toda pessoa que possa me ameaçar, até mesmo em pensamento. O tom de voz, a expressão facial, qualquer estado violento por menor que seja, qualquer coisa que lembre ou pareça violência já é o suficiente para me afastar totalmente da pessoa. Para, proteger a minha, infeliz e delicada, sensibilidade super desenvolvida. Gostaria de ser duro e frio como o aço inox.

Os meus irmãos sempre foram “violentos” e tive que me afastar deles também. O irmão que tive mais afinidade foi o mais novo. Porque saímos juntos para brincar quando éramos crianças. Os outros dois, a caçula e o irmão mais velho, tinham características extremamente “violentas” o que me fez, logicamente, me afastar deles. Tudo na minha cabeça – qualquer gesto de violência -, se transforma em um trauma grandioso. E gera muito rancor e ódio (“efeito estufa”) , que é quase impossível de se perdoar. Fica marcado, definitivamente, no meu cérebro, como se fosse uma tatuagem eterna. Nunca perdôo alguém que me ofendeu, humilhou, me rejeitou ou me violentou. Preciso me proteger da maldade humana, e como, sou fraco, tímido e não consigo me defender fisicamente ou verbalmente. A única maneira que encontrei foi me isolar das pessoas.

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