1-21 Crise de mutismo ou paralisia 21/11/2006

sábado, novembro 25, 2006

Como começar!? Como começar!? Como começar!? Droga de mente, droga de paralisia involuntária!! Ah, já sei!!... não, não isto não!... Não Pode!! Alerta, censura, censura, censura...

Era uma vez – isto não, é claro -, então o que, o que!?... pensar, pensar... Qual é o começo mesmo!? Ou, eu começo do meio ou do fim... não sei (palavrinha limitante) , mas eu realmente não sei como começar!

Oh, dificuldade!! Pensa Cesar M.! Trezentas opções e nenhuma cabe no meu pensamento, 1 milhão de palavras e nenhuma pode ser usada... Calma!! Sem necessidades de cobrança

Pronto, já estou me restabelecendo. Estou colocando o pensamento em ordem, o raciocínio esta se acalmando... já posso ver o sol despontando no horizonte (agora não é hora de lirismo!!). Viu é difícil, muito difícil!! Eu disse que era difícil! Ninguém quis acreditar em mim. Pois eu digo e repito é verdadeiramente um inferno, ou coisa pior, se existir...

Bem, o começo, o começo, qual era mesmo!? Que saco – não deveria ter dito uma palavra destas, afinal de contas você é um Kadrashiano, e um Kadrashiano não diz uma coisas destas... (quanta arrogância, eu não me suporto, decididamente). Esperem um pouco eu vou chegar ao assunto, esperem a briga interna acabar... esta acontecendo um embate dentro de mim. Daqui a pouco ele termina (como você é mentiroso, você sabe perfeitamente que a briga interna nunca termina)...

É exatamente isto, em todas as medidas. É isto o que ocorre em minha mente – quando ocorre é claro -, porque, normalmente a minha mente fica em branco (ansiedade, ansiedade, ansiedade...) E daí vem à crise da paralisia ou do mutismo. Fico na minha mente brigando, discutindo comigo mesmo, medindo as minhas palavras, avaliando cada gesto, cada pensamento... Um censor obsessivo chamado super ego me limitando, colocando um cabresto na minha boca. E eu fico paralisado, olhando para baixo, sem te coragem até mesmo para me levantar...

Foi assim. Eu estava sentando no consultório na sala de espera. Ai chegaram dois rapazes e eles foram para a cozinha, junto com a Andresa. Eu fiquei com tanto ciúme, tanto ciúme e minha mente ficou fervilhando de idéias negativas. Porque a Andresa não me convida para ir a cozinha? Será que ela não gosta de mim? Será que ela não se importa comigo? Será que ela gosta mais destes rapazes do que de mim? Quem são eles afinal, que eu não os conheço? Porque eu não uso as minhas perninhas (isto não, as minhas pernas são pernas de arvore em estado vegetativo) e vou até a cozinha para ver o que está acontecendo! Não! Não! Eu vou incomodar a Andresa, ela vai ficar com ódio de mim, vai ficar brava... Deve ser um assunto particular, e como sou excessivamente escrupuloso, vou ficar quietinho aqui, caladinho, sofrendo, eu e meus fantasmas...

É assim que ocorre na minha mente. Em varias situações, muitas situações! O que é!? O que pode ser? Escrúpulos, escrúpulos... medo de ferir o outro e ser esculachado, da pessoa ficar brava comigo e nunca mais querer ter qualquer relação comigo; medo de ser abandonado e ter que me escravizar as vontades dos outros (vontades que eu imagino dentro da minha cabecinha distorcida, visões da realidade distorcida). O que fazer!? Se é que tem alguma coisa a se fazer numa situação destas!! Não me importar com os outros, só me importar comigo... e os outros que se @#$x*& Isto mesmo! Isto mesmo! Os outros devem me aceitar do jeito que eu sou. Com as minhas idiossincrasias, manias, o meu jeito de ser (um tanto estranho, será!?); os meus pensamentos extraterrestre, a minha liberdade e descaramento, o meu sarças mo e humor negro (não sei se sou assim, não conheço esta tal de Cesar M.), esta mania minha de atormentar e assustar as pessoas (causar rubor, quando a pessoa fica sem jeito); e outras inquietações da minha mente doentia, selvagem, indomável, porém, adestrada, devidamente adestrada pela TIMIDEZ. Devo expor o meu ser (terrível) impunemente (não era esta palavra que eu queria usar) à sociedade. Sem dó nem piedade! Com uma violência atroz!? Quem não quiser me aceitar, que não me aceite. Não vou ficar mendigando amor por ninguém, nem vou ficar me arrastando; e nem tão pouco vou RESPEITAR as pessoas a ponto de tratá-las como se elas fossem uma taca de cristal, frágil... RESPEITAR a ponto de tratá-las como se elas fossem um Deus que poderia, abruptamente, me expulsar do paraíso e me colocar no inferno. Prefiro ficar no inferno, que seja!

Mas, como eu sou eu, sei que amanhã serei o velho e bom Cesar M. – quietinho, calado, reprimido, ingênuo, bondoso, risonho, fingindo como somente ele sabe fingir (dissimulado), de bem com a vida, meigo; enquanto isto, terror, terror, terror, dentro de mim uma bomba atômica esta prestes a explodir (ódio, ciúme, inveja, orgulho, frustração, desprezo, decepção, abandono, insegurança, medo, confusão, menosprezado, isolado, distanciado, desesperado, histérico, alarmado, ..., ..., ..., ..., ..., ..., ..., ..., ..., ao infinito); como uma usina nuclear prestes a entrar em colapso, a explosão terrível, de uma super nova, o colapso gravitacional universal, explosões de uma super nova - desculpe a redundância, mas para exprimir o infinito e o limite máximo que uma pessoa pode alcançar nem mesmo a palavra infinito pode exprimir o sentimento que acontece dentro de mim – uma panela de pressão turbulenta, cheia de átomos que serão aniquilados com violência... Bum!!!!

Esqueçam!! Tudo mudou!!

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