O que é melhor um amigo ou um bom livro?

domingo, outubro 21, 2007

Eu estava pensando a respeito da trans-sensoriedade do meu ser, para além de qualquer cogitação científica, e uma indagação aguda penetrou no meu momento de devaneio nirvanico a ponto de eu acordar sobressaltado a me perguntar: "O que é mais importante, ou mais afetivo e enriquecedor, ter amigos, ou ler um livro, digamos de alta filosofia? Um livro que me faça viajar para lugares que eu nunca conseguiria ir sozinho, ou, que outra pessoa, devido as suas limitações, conseguiria me levar, já que grande parte do que as pessoas dizem, ou, são frivolidades sem sentido, e sem importância, ou, meras filosofias imperfeitas e toscas que nem sequer fazem cócegas no meu cérebro" - desculpem a minha "arrogância" nietzscheniana. O mais importante numa relação de amizade, nem é o que as pessoas falam, isto passa, despercebido pela consciência, o mais importante, são os aspectos "afetivos". Além de ser um divertimento barato que não traz grandes preocupações, e a arte de "relaxar", na sua evolução mais baixa , bem menos inferior do que qualquer meditação simples. Então passo a me perguntar, se além, da troca afetiva, existe algum outro motivo para se ter um "amigo"? Estas consideração só consigo realizar, porque a minha solidão me permite ter esta liberdade, se fosse uma pessoa extrovertida e tivesse vários amigos, nunca conseguiria chegar neste grau de pensamento, já, que o preconceito, de ofender o que me dá prazer iria me prejudicar, a ter uma visão clara. E não digo isto somente para ofender, e sim para constatar, com verdade; talvez um pouco ressentido por não ter tido nenhum amigo que ultrapassasse toda a minha vida, e sim, pessoas, que até agora, são esparsas, e que não frutificaram numa grande e duradoura amizade.

E obvio que ter amizade com um grande e inteligentíssimo escritor ou filosofo, e bem diferente do que ter amizade com uma pessoa sem ter esta visão de mundo. Mas até estes gênios, tem os seus reveses, e em certas áreas, são infantis, amargos; ou, cultivam um otimismo utópico, e por vezes, tem demências que o fazem criar realidades distorcidas, muitos se entregam as drogas, ou outras obscenidades. São, em partes, iguais a nós... E guardam o que é melhor de si, para os livros que escrevem. Desta maneira, poderiam ser péssimos amigos, mesmo, que os livros que eles escreveram possa ser os melhores amigos do universo, enriquecendo a vida de qualquer ser.

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