Julgamentos e erros no julgamento

quinta-feira, outubro 04, 2007

O julgamento é um dos talentos mais necessário a sobrevivência, porém, como fazemos julgamentos a partir de nos mesmos e de nossos valores é muito fácil cometer os mais terríveis enganos. A realidade sempre nos prega peças, a realidade é a maneira como a enxergamos e isto é sempre uma aproximação que nunca será cem por cento real, mesmo porque, não podemos categorizar e nem entender um décimo de toda a sua complexidade. Por tentativa e erro, e especulações oriundas da imaginação, ou, através de dados científicos lógicos, nos enquadramos, e através desta medida defeituosa, por não explicar nem prever todos os movimentos, formamos um quadro geral e representativo a qual é usado para lidarmos com a realidade. Quantas vezes uma pessoa comete um engano!? Por mais que seja inteligente e observador é muito fácil se enganar. Quando os movimentos estão se movimentando paralelamente, e com velocidade diferentes, nos precisamos prever onde este movimento vai estar em determinado tempo e espaço, pense nas inúmeras possibilidades; a dificuldade em acertar é muito pequena. Se ficássemos parado e todo o resto também ficasse parado então a realidade seria previsível e o seu entendimento fácil, e não é isto o que ocorre... Sempre estamos correndo atrás de algo que já estava em movimento antes de nascermos, e para alcançar devemos pegar um atalho; ou seja, devemos sacrificar os detalhes em nome da totalidade, ou sermos detalhistas e não conseguir distinguir o quadro geral. Em todos os casos, a realidade sempre irá ultrapassar as nossas toscas limitações humanas e a interação sempre será imperfeita e ruidosa. Restara somente o caos, a indiferença, e a confusão, quando mais nos aprofundamos na realidade mais ela se torna inteligível, e mais distante de nos mesmos estaremos. É impossível olhar para o nosso interior sem fechar os olhos para o que há fora de nos, e o inverso é verdadeiro. Estes dois universos são inacessíveis para nós. Resta-nos viver da melhor maneira que podemos, sem esperar nada em troca, sintonizando com os desvios da trajetória inevitáveis, não podemos nos adiantar, precisamos viver o presente e agir no presente, o que vem antes ou depois não é da nossa alçada, pois nunca poderemos nos adequar a realidade tão bem a ponto de sabermos o que irá acontecer a um segundo no futuro.

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