2-7 Os motivos da minha ruína

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Nossa já é dia 21 de dezembro. Tinha tantos planos para este mês e somente 0,001 por cento se realizou, ou menos do que isto. Eu não deveria estar perdendo tempo com estas constatações. O meu pensamento deveria estar focado em algum assunto importante ou na resolução dos meus infindáveis problemas mentais. Eu estou tão desgostoso com o meu blog. É uma dificuldade estar escrevendo alguma coisa hoje. Só estou escrevendo porque a Andresa disse que lê o meu blog todo dia e me perguntou quando eu ia atualizá-lo, e como sempre, fiquei sem palavras e não soube responder. Isto me restitui um pouco da auto-estima perdida e me deu força para escrever. Droga, a caneta esta falando, desculpem a interrupção.

Não sei o que me ataca exatamente. Mão consigo definir. Paira uma duvida que não consigo dissipar. Talvez esteja relacionado com a minha auto-+estima ou a minha força interna, uma autoconsciência que projeta pra fora o nosso ser e nos da a capacidade de realizar. O problema do “eu”. E esquisito, para me curar preciso desvendar a consciência humana e descobrir como a mente funciona. A questão é que não consigo ter energia para exteriorizar os meus projetos. Com muita dificuldade escrevo uma poesia ou outra, e tento atualizar o meu blog. O meu cérebro, invariavelmente, esta fervilhando de idéias, projetos, poesias, textos só que somente uma parte insignificante consegue ganhar vida fora de mim. Como disse anteriormente não consigo definir o que me falta para colocar em pratica os meus projetos, que são, de certa maneira, de fácil realização. Pois tudo o que eu quero é colocar no papel tudo o que eu imagino. Nada difícil, pois tudo já esta pensado, concluído, revisado... só falta escrever. Alguns outros projetos são mais difíceis porque é necessária uma ampla e sistemática pesquisa e aumentar o meu grau de detalhismo. Como por exemplo, melhorar a minha escrita. Deveria anotar uma serie de palavras e analisar textos complicadíssimos, desmembrando-os e entendendo completamente a linha de raciocínio do auto. Entre outros projetos que estão em gestação. Se eu fosse mulher, com certeza, os meus filhos iriam morrer, indubitavelmente, antes de nascer.

Problemas que me impede de desenvolver os meus projetos:

1-) Medo de ferir o meu orgulho, destruir ou prejudicar o meu complexo de Deus.

Na imaginação tudo é “perfeito”. Não existe a realidade para nos julgar. É nós e o nosso “eu”. Podemos criar qualquer coisa, e nos transformar num “Deus”, se temos esta ambição. A realidade, para quem age assim é um estorvo que precisa ser evitada a todo custo.

2-) Auto-critica exagerada.

Não consigo ver nenhum trabalho que facão sem ter uma visão altamente critica, reparando nos mínimos detalhes. Condenando-me por ter errado ou ver erros onde não existam. Procurando um nível de perfeição impossível de obter. Evito revisar os meus textos, e fico com ojeriza, só de me aproximar deles.

3-) Auto-estima baixa.

Estou o tempo todo me criticando e me colocando pra baixo. Sou um estorvo para mim mesmo. Fico me denegrindo, achando defeito em tudo que faço. Só consigo enxergar os meus defeitos.

4-) Preguiça.

Detesto esta palavra. Ela não significa nada pra mim. Não representa a gama de sentimentos envolvidos. É uma palavra pejorativa, quase um palavrão, é um palavrão. Esta tópica esta relacionada a sentimentos de incapacidade e também de um sentimento de pequenez diante das dificuldades. Nos enxergamos pequenos e as dificuldades enormes e intransponíveis. Alem disso, somos afetados por um torpor e melancolia, um sentimento de vazio interior, como se nada tivesse significado e importância.

5-) Pensamentos relacionado com as quatros descrições anteriores.

“Você não tem nenhum valor”, “Isto não vai dar certo”, “Tudo o que você faz da errado”, “Tudo isto vai te dar um trabalhão danado e ninguém vai te valorizar”, etc, etc...

Durante a execução deste texto vi uma serie de defeitos (horríveis, nefastos, abjetos, hediondos) a qual não assinalei com o marcador por pura preguiça. A minha autocrítica me acompanhou porto todo o texto; me cutucando, me ferindo, me mostrando o quanto sou imperfeito, imprestável, inútil, etc... Estas criticas serão futuramente o alicerce a que usarei para desistir de escrever o meu blog. Tudo isto fica imprimido como um estigma perpetuo no meu cérebro, um trauma que é criado e renovado e ampliado todos os dias. E quanto mais escrevo mais traumas são criados. Chega um momento que os traumas são tão gigantescos, que preciso ficar “anos” sem escrever nada para me curar destes traumas ou esquecê-los provisoriamente. E talvez, este momento esteja chegando, ou não. A questão é que preciso urgentemente de ajuda para superara estes obstáculos internos, muita ajuda mesmo! Se alguém puder me ajudar, por favor, me ajude... Mas a maior parte desta ajuda deveria vir de mim mesmo, no entanto, ela não vem nunca, nunca...

1 comentários:

Anônimo disse...

Eu Estou aqui...