Numero três

sábado, março 10, 2007

Se tudo isto fosse possível. Mas decididamente não é. E porque!? Não se sabe. Ninguém sabe. Se soubessem não faria nenhuma diferença. Saber ou não saber sempre deságua no fim. Para uns isto, para outros aquilo. No entanto, não há nenhuma certeza. Tudo é uma incerteza. Os caminhos sempre são tortuosos. E os destinos ainda mais misteriosos. Se pudéssemos saber se isto tivesse alguma importância, mas não há. Nem que se queira inventar. Mesmo porque a criatividade é finita e a vida anda em círculos eternamente. Ate encontrar a dádiva da morte. E quem sabe a solução!? Os meandros que se bifurcam em disparidades múltiplas. O meu norte não fica ao norte e sim no sul, quando estou fora de mim estou a leste, quando penso letargicamente estou a oeste, quando a minha vida encara taciturnamente a morte. Todos querem uma direção. E todas as direções acabam na mesma jornada e na mesma substancia. É um ir, sem que se vá realmente, ficamos parados, por mais que andemos nunca saímos do mesmo lugar. S$%¨&*(@+! e aquele que imobiliza o seu ser, congela as emoções e travam o seu organismo, fazendo com o que se move pare de se mover, cessar o movimento da vida sem estar morto este é o grande triunfo da não-vida para com a não-morte. Este cessar, estabiliza o ser, equilibra as energias em movimento, da paz, serenidade, este cessar é a dádiva mais grandiosa da semi-vida, semi-morta. Se isto tivesse sentido. Um sentido só é sentido pra quem o reconhece como tal. Dar sentido é atribuir valores, os significados nem ao menos existem. São um agregados de partículas com movimentos idênticos, movimentos diferentes, e todo tipo de justaposição de movimentos em ação. Tudo isto, se existisse seria maravilhoso. Estamos no fundo do poço. No fim. O fim se aproxima todo dia. Galopando enlouquecidamente. Até ficar a nossa frente. E por mais que tentamos fugir, não há fuga possível... Feche os olhos, e deixe entrar. Não grite, não se afobe, fique calmo e relaxe, profundamente... O fim é o seu parceiro único. O destino final. O desenlace perfeito de todas as atividades realizadas em vida. A morte sepulta a vida com o pá da honestidade. Não há outra verdade. O fim é verdadeiro. O começo é uma mentira. Não de atenção ao começo e nem o seu intermediário pegue um atalho e vá diretamente ao fim. Encontre o fim em si. Ele sempre esteve lá, continua lá, o fim é o começo e o meio ao mesmo tempo. O fim não tem fim, e o fim é a única existência possível. Fora dele, no inicio ou no meio, só há ilusão, a tosca realidade e seus eventos concatenados rumando decididamente ao fim. É um solto curtíssimo que sempre acaba com a auto-aniquilação. O fim é o único começo possível. Sempre que possível comece pelo fim e permaneça nele até o fim. Isto é vitória. Isto é enganar a semi-existência. Vocês fazem, fazem, fazem e nada realizam, a ação é destituída de ação e o resultado e um encaminhamento natural que finda num desfecho que sempre remete ao fim. Não adianta perseguir metas, promover projetos, construir sonhos, nada pode ser erguido, nada pode ser realizado... os valores não tem valor algum. Tudo finda na morte, o intermediário, é a ilusão tênue da realidade. Quem corre mais gira mais ao redor de si mesmo. Parem de correr! Quem concebe grandes planos vê todos se despedaçarem, a realidade não tem suporte para eternizar nada. É uma corrida inútil contra o desfecho inevitável. Morram antes de viver e alcançarão a gloria. Vejam o fim antes de presenciar o começo. A ruína é o futuro de toda a luta, a desistência é a grande solução. O não-ser é o grande “ser”, a super excitação do universo, o supra-sumo da iluminação. Ser é estar envolvido num amontoado de caos energético em movimento, isto sempre finca na aniquilação. O atrito de viver corrompe a quietude do universo. O universo quer é estabilização. O movimento surgiu da a necessidade implícita de anular um movimento negativo surgido da necessidade de fazer cessar um movimento positivo que faz cessar o movimento negativo, sucessivamente até a destruição dos pólos contrastantes. Quem quer isto!? O universo quer isto? Deus, ou o seu antecessor, quer isto? Quem quer isto? O seu negativo ou o seu positivo querem isto? Ninguém quer. Nem a vida, nem a morte, nem o movimento, nem a inércia, ninguém quer. Só querem antecipar o fim. Este é o grande espetáculo cósmico.

1 comentários:

Anônimo disse...

Cesar Volta logo!!!!!!