Predisposição Mental

sábado, janeiro 13, 2007

Decididamente, eu não ia escrever nada. E, cada vez mais, esta ficando mais difícil para eu escrever. Antes escrevia muito mais, agora quase não escrevo. E já estou vendo o dia em que abandonarei completamente o meu Blog e não escreverei nada mais. O ritmo esta diminuindo dia a dia. E, quem lê o meu Blog – se é que existe alguém que lê o meu Blog -, já sabe os meus motivos. Porque eles são sempre os mesmos: auto-estima baixa, desconfiança do meu “talento”, insegurança, pouca repercussão do que escrevo, pouco acesso a meu Blog – e eu, sozinho, não tenho coragem para fazer propagando do meu blog, comodismo; e tudo aquilo que se refere a se sentir um “nada”, um sentimento incrivelmente persistente, quase obsessivo. Se não tenho ninguém pra ficar me “empurrando” eu sempre acabo desistindo de tudo e vivo a mercê do eterno vai e vem da minha auto-estima.
Este prólogo foi escrito na intenção de elucidar um tema que eu estava pensando a respeito da predisposição mental ou “preconceitos”, ou o automatismo do cérebro humano, quando a mente cria uma cadeia de pensamentos onde sintetiza a personalidade das pessoas e conjuga para isto sentimentos e estados de espírito para criar um comportamento tal, que seja auto-justificado para a totalidade e o conjunto total que define um ser humano. Chamasse comportamento reincidente, algo que eu inventei agora. O meu cérebro conhece antecipadamente, todos os meus medos, neuras e todos os sentimentos a qual uso como um espelho para me ver e para identificar-me ou classificar-me segundo vários paradigmas, e como eu vou me relacionar comigo mesmo e com a sociedade. O cérebro, que surgiu antes do “eu” existir, conhece mais profundamente eu do que eu próprio e neste caso ele dita o que devo fazer, e para isto, ele vai pegar certas disposições mentais predefinidas, que são a somatórias da minha visão de mundo, conjugações de medos, traumas, e como eu lido com o sucesso e o fracasso, a frustração as minhas ambições e desejos, as minhas motivações, o meu censo de estética e critica e auto-critica, tudo aquilo que fundamenta o meu ser. Com estes dados definidos a mente cria estados de espíritos e uma gama grande de “pre-emoções” que moldaram o comportamento humano, em certo limite. Por isto é tão difícil mudar. O meu cérebro conhece as minhas dificuldades e medos, conhece o meu derrotismo e pessimismo... sabe que nunca tive sorte na vida e tem em evidencia toso os meus fracassos, sabe o quanto fui humilhado pela sociedade, negligenciado e como para me defender tive que criar um casulo e me isolar e me anular, anular os meus desejos e vontades, criando um mutismo característico. Antecipadamente, tudo isto o meu cérebro conhece, e a partir deste ponto de vista pessoal ele irá moldar o meu comportamento diante do mundo. E uma das manifestações deste pensamento ou aglomerado de significados e fazer com que eu desista de tudo e nem ao menos tente, porque mesmo antes de tentar, o meu cérebro, já definiu que eu vou fracassar. Uma coisa que precisa ficar clara e que este processo automático, esta síntese de significados e emoções, não é definido puramente por mim, sou um “sujeito” passivo. Não sou “eu” que comando todo este processo, e um mecanismo, talvez irracional ou inconsciente, a qual o cérebro ou a mente, antes de mim, origina todo este amontoado de significados. E gera uma enorme gama de emoções, sentimentos, sensações, efeitos psicossomáticos, pensamentos reincidentes (um filminho que passa pela cabeça), etc,etc... Mudando a perspectiva, a iniciativa, gerando comportamentos predefinidos e ações esperadas que são reincidentes. Todo o meu comportamento, a minha visão de mundo subjetiva é definida desta maneira. No entanto, isto não é uma sentença de morte. Mudar é extremamente difícil, e dependendo do que se quer mudar, fica mais difícil ainda. Mas a mudança ainda é possível. E necessário entrar em contato consigo mesmo, o mago do ser, e nunca força contraia, criando novos modelos, novas estruturas cerebrais e o comportamento, paulatinamente e lentamente, será alterado de forma definitiva e não provisória. Porque o “eu” pode deixar ser comandado pelos seus próprios “preconceitos” e predisposições, mas o “eu” também pode, analisando, procurando entender, entrando em contado com sues medos, modificar o seu comportamento. Mas o “eu” precisa ter uma força ativa, presente e persistente... No entanto, em relação a mim, e pela minha visão negativa, a qual não consigo sair, a mudança é altamente improvável. Talvez, com muito esforço e uma dedicação plena, que não sei onde encontrar, possa mudar uns 20% do meu comportamento no máximo.

1 comentários:

Anônimo disse...

EU LEIO SEU BLOG E A-DO-RO.
VOCÊ É MUITO BOM!