A ditadura da Liberdade

domingo, agosto 30, 2009

Existe esta obrigação imposta pela sociedade, relacionada a liberdade sem limites. Ou a ditadura da liberdade, onde os censores da liberdade vigiam a sociedade 24 horas, para que a sociedade nunca legislem a favor da quebra desta liberdade universal e incondicional do individuo. Onde a sociedade, sob a imposição desta ditadura, é obrigada a permitir qualquer ato, seja ele qual for, e o que manda neste caso é: "Os indivíduos que cheguem num acordo mutuo, pois a sociedade não pode interferir em nada em seus comportamento". Esta impostura é muito parecida com a "Economia livre", onde o estado não pode intervir, e os agentes econômicos entram em um acordo, e este acordo é sempre no sentido dos grandes devorarem os pequenos, e os grandes se tornam tão grandes que eles criam a sua própria macro-economia, que é uma forma moderna de ditadura, uma ditadura onde as empresas impõem a força os seus conceitos. E a sociedade e obrigada - pela ditadura da liberdade - a ceder. Pois se ela resolver criar regras, leis ela será criticada como "ditadura", e os sensores da liberdade, aqueles que fazem o trabalho de campo, na brutal imposição ditatorial de uma liberdade incondicional, onde os agentes de poder criam as suas próprias leis para ofender os direitos de toda a população - aqueles que não tem poder individual, nem financeiro para criar sua próprias regras. Isto poderia ser chamado de "Sociedade Livre", mas que na realidade, você é obrigado a seguir estas regras rigidamente e religiosamente, caso contrario você será enquadrado, segregado, humilhado, etc.. Que poderia ser classificada assim: "Ditadura da beleza", "Ditadura do Sexo", "Ditadura da Industria do Entretenimento", "Ditadura do Sucesso Financeiro", e aí daquele que pela imposição radical desta suposta liberdade ofender um destes pilares sagrados, que estão todos amontoados na dinâmica da Economia Capitalista, do vender, produzir, comprar e jogar fora, e depois comprar, vender-ser, e o ciclo segue, sempre seguindo as diretrizes expressas dos agentes do setor produtivo, os sensores desta nova ditadura.

A extrapolação da liberdade, que é marcada sempre pela total irresponsabilidade, e quebra de todos os conceitos sociais - a ofensa a sociedade é uma obrigação. Cria nos seres humanos uma tal alienação generalizada que é fácil manipular, ordenar e catalogar, colocando-os numa tal passividade que nenhuma ditadura conseguiu lograr. E neste senso de alienação fica facil a pessoa se perder, e não saber quem ela é, e onde ela está localizado, a pessoa fica totalmente perdida geograficamente e psicologicamente, se tornando uma aberração monstruosa, movida a prazeres alienantes e comportamentos bizarros onde a ordem generalizada é o divertimento inconsequente, onde os pilares são sempre: o consumismo enlouquecido, o sexo desenfreado, a conversa e entretenimento fútil, o narcisismo cronico e a busca da beleza superficial eterna como modo de tentar encobrir o vazio existencial, a busca pelo relacionamento perfeito - tendo como obrigação maximo o sucesso sexual, todo o resto e deixado para trás -, e o sucesso financeiro. Em nenhuma destes parâmetros é impossível encontrar algo como: ética, solidariedade, ombridade, equilíbrio, inteligencia, sabedoria, integridade, moralidade, virtudes, sensibilidade, etc... Resumindo a imposição brutal e ditadorial de uma liberdade incondicional e a diminuição sistemática da autoridade do estado, colocou a sociedade numa tal ascendência de alienação e total irresponsabilidade social, que os prejuízos já são infinitamente superiores aos da antiga ditadura estatal.

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