A beleza é tudo na sociedade

sexta-feira, agosto 21, 2009

Tudo que as pessoas façam tem sempre o interesse dúbio de alcançar a beleza. Tudo o que os seres humanos fazem tem sempre este único e preciso interesse. Aqueles que dizem que não, estão encobrindo a verdade, estão reprimindo os seus verdadeiros interesses em nome de uma pretensa "integridade moral", que nunca existiu e nunca existirá. A busca pela beleza, ou todos os seus desenvolvimentos, estão na base da psicologia social do ser humano. A sociedade é simplesmente um meio pelo qual a beleza é permutada, sem a ideia da beleza a sociedade nunca existiria. Viver em sociedade, sempre está relacionado, com a sua imagem perante a esta sociedade, e está é  a raiz de tudo, é imprescindível ser belo, é a prioridade máxima é única dentro de uma sociedade. Todas as outras prioridades estão num nível infinitamente inferior. 

O amor "romântico", o "coito", ou tudo o que se refere a esta grande falsidade, sempre esta encoberto o interesse pela submissão e controle da beleza. A beleza  é um objeto egoístico de controle do outro, ou a beleza é um bem a ser "escravizado". Possuir a beleza do outro, ou, cultivar a própria beleza define todas as prioridades de um ser humano. A beleza em si não tem nenhum valor, a não ser o valor que é dado a ela, ou seja, não pode ser quantificada, e um valor subjetivo, apesar disto, corrói todas as relações humanas. Procurar um amor, é estar doente, quem procura um amor está doente, o fim desta doença só é possível quando não se procura o amor. A beleza, nunca está relacionada a si mesmo, aqueles que cultivam uma beleza para si mesmo, estão encobrindo a verdade, por pura vaidade, por puro excesso de "arrogância", eles se sentem tão superiores que pensam que estão cultivando a beleza para si mesmo. A beleza é uma moeda de troca, tão mercenária quanto o dinheiro, as pessoas sempre estão a venda e usam a sua beleza para obter a beleza do outro, ou para ser aceito socialmente. A beleza é uma moeda de troca mais importante que o dinheiro, infinitamente mais importante que o dinheiro. Aquele que tem dinheiro, só tem uma ambição, comprar produtos que sejam sinônimo de beleza. E tudo é passível de compra. Ou se compra utilizando o dinheiro, ou se usa a moeda da beleza.  O amor, que também pode ser definido como "interesse egoísta de possuir a beleza do outro", é uma luta, uma guerra hedionda, onde tudo é possível. Na arena do amor ocorre as piores atrocidades que um ser humano pode cometer. Pior até mesmo que as barbaridades que a busca pela religião trouxe a humanidade. Buscar o amor é ser totalmente anti-ético, e perder totalmente a dignidade de si mesmo. E tentar encontrar no outro a salvação de si mesmo, postergar ao outro a obrigação de dar um sentido a vida, ou preencher o vazio existencial, tirar o ser humano da alienação perpetua que ele se encontra. A busca pelo amor sempre finda no vazio existencial, porque do outro não se pode tirar nada, não no sentido de colocar dentro de nós mesmo; por isto toda a luta humana é sempre uma perda de tempo, e o ser humano sempre cai no ostracismo. Não buscar o amor, e se livrar da obsessão pela beleza é a única forma de obter sucesso verdadeiro e duradeiro. O sucesso social, ou individual, de possuir belezas alheias, ou o sucesso financeiro, que é demonstrado socialmente pelos bens de beleza que uma pessoa compra ( carro, casas, apartamentos, eletrônicos, roupas, etc, etc, etc ); dão ao possuidor uma falsa e ilusória sensação de poder. Lembrando que poder - no sentido ilusório - é a capacidade de possuir a beleza.  

Existe três formas de personalidade. Aquela que é dotado de beleza, e usa este poder sempre para dominar os outros e ser aceito socialmente. Estes são idolatrados e se transformam em celebridades, são "embalagem" usadas para incrementar a venda de um produto. São os meios de propagação para a aceitação de todo produto gerado pelo capitalismo. Por isto estão no topo, tanto socialmente quanto financeiramente - salvo os agentes que manipulam estes cabides humanos, os donos das multinacionais. Aquele que não tem uma beleza excepcional mas acha que pode incrementar a sua beleza, e vive em função disto, através de plasticas, roupas, maquiagem, regime, exercício físicos etc. Estas pessoas ainda acham que podem ter um domínio em relação a beleza do outro, mas ainda assim são carentes e muitas vezes se tornam submissos. E na extremidade mais baixa, estão as pessoas que decididamente se acham feias, e entram num estado de extrema submissão e prestação, elas sabem que nunca serão aceitas socialmente, sempre serão rejeitas. E por achar que é impossível ser bonitas, acabam relaxando e tentam não se preocupar com o seu corpo; mesmo que elas estivessem maquiadas e com uma roupa elegante ainda assim seriam feias, por causa disto, tem aversão a beleza e tudo o que se refere a beleza. Toda a psicologia humana, quando em relação à sociedade, sempre estará subjugada a aparência externa. Socialmente, a maneira como os outros me vê, e sempre mais importante do que a forma como eu me vejo. Quando eu me vejo, isto só está relacionado a mim, e nunca ao outro; quando o outro está relacionado, a opinião do outro acerca de mim mesmo é sempre mais importante que a minha visão acerca da minha personalidade. O amar a si mesmo, nunca está relacionada ao individuo, e sempre a maneira pela qual este individuo captou em relação aos outros - principalmente aos pais, já que eles serão o primeiro relacionamento que um individuo tem com outro. 

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