sábado, março 22, 2008

Há uma propensão enorme em sermos o que realmente não somos. Tudo principia em saber o que realmente somos, e o que realmente queremos e mais, no que vamos nos transformar com o tempo. Pois estamos nos estendendo numa tênue linha, que separa dois continentes, e perfazemos este trajeto sem saber para onde iremos. Devido a uma infinidade de possibilidade, o nosso caminho e sempre alterado, e no fim da trajetória, se existe realmente este fim delimitado, nós seremos algo diferente daquilo que pensamos.

Saber não é saber, estamos sempre no "quase"; e nos expressamos neste quase, e em muitos termos, ganha ares de certeza absoluta, mesmo ainda sendo um quase... Aquele que por acaso soube, errou em seu saber, e por estar errado, conseguiu alcançar o acerto pretendido. Mirou no invisível e o invisível guiou a sua mão, e acertou sem nem ao menos saber onde estava mirando, mas acertou, e este acerto é o acerto correto, que vem da alma do coração.

2 comentários:

Patrícia Namitala disse...

Engraçado... hoje pensava justamente sobre o que escreveu, essa questão do "quem sou eu?"
como é difícil saber quem somos, se é que isso é possível!
"Se me contemplo,
tantas me vejo,
que não entendo
quem sou, no tempo
do pensamento."
Cecília Meireles

Gostei do seu blog.
Abçs

Cesar Kadrashi disse...

Obrigado pelo comentário, Patrícia. Realmente é difícil conhecer a nós mesmos. E como se existisse um intruso dentro da nossa mente, que em muitos casos e totalmente diferente do que somos.
Gostei muito da poesia. Obrigado por visitar o meu Blog.

Bjus