A verdadeira e única felicidade

terça-feira, setembro 08, 2009

Existem varias noções estapafúrdias a respeito da bondade e do amor, além da solidariedade. O ser humano não tem absolutamente nenhum valor na ordem do universo, ou na sua imensidão, todos são relativamente próximos ao zero absoluto. A existência ou a não existência do ser humano não altera em nada a ordem do universo. O ser vivo nasceu com uma profunda necessidade insatisfeita, nesta necessidade primariamente estava ligada a sobrevivência, principalmente a busca por alimentação e proteção. Posteriormente a isto, a sociedade foi crescendo e se consolidando, e estar vivo, ganhou outras considerações, pois uma morte social pede ser tão cruel e desumana quanto uma morte física. Sabendo que a morte social é uma tortura diária que a pessoa precisa aguentar. Enquanto a morte real é rápida. Estas outras necessidades vem entre uma correlação existente entre a capacidade de sentir prazer, tanto no imediato quanto no futuro, e ligado a isto a capacidade de "idealizar" um futuro, romanceando, e colocando expectativas onde nunca deveria ser colocada. A própria frustração é a interrupção de um ato prazeroso. Todas as misérias do ser humano está em ter o desejo de obter o prazer, fazer ilusões a respeito deste prazer e tudo de bom que este prazer poderia nos trazer, e a necessidade de se afastar do desconforto e da dor. Este entrelaçamento cria uma consciência irreal e tendenciosa, baseada somente nos nossos princípios. Se pudéssemos destruir a ilusão, a imaginação fantasiosa, e pensássemos só no agora, então estaríamos barrando uma quantidade enorme de sofrimento. Se ao invés de ficarmos correndo, feito uma barata tonta, atras deste malfadado prazer, vivêssemos sem ambicionar nada, refreando os nossos desejos, e nos contentando com o "nada", então seriamos muito mais feliz. E se além disso, nos distanciamos do sofrimento físico, e suportássemos este sofrimento com "alegria", sem expectativas, sem criar lamurias, lamentações, e decidíssemos que este sofrimento é bom na sua amplitude total, então acabaríamos com todo o sofrimento. Além disso deveríamos cultivar a soberania total, que significa nunca depender de ninguém, nem no plano físico, e nem no plano mental, ser independente em tudo. Cortar os laços do afetos, que são os laços que acorrentam o nosso coração, e nos deixa presos, e em sofrimento. O importante é saber que a solidão é um espaço universal que permeia todas as coisas e todos os seres, ninguém pode se livrar deste espaço. Viver a solidão é não se sentir só é uma grande dadiva. Qualquer companhia, seja ela qual for, só irá te dar um prazer momentâneo e fugaz, quando isto for embora, só irá restar, ela, que sempre esteve com você, a solidão. Matar o demônio do desejo luxuriante e lascivo, matar a tendencia de imaginar e criar uma falsa realidade, entregar-se de corpo e alma ao sofrimento, e corteja-lo como se ele fosse um tudo; o sofrimento precisa ser suportado e vencido, quanto maior o seu sofrimento, quanto maior é o sofrer maior e a sua capacidade em se livrar dele, neste ponto é bom até mesmo impingir um sofrimento físico para vencer... O sofrimento não pode alterar a sua personalidade e nem a sua atenção, deve-se ignora-lo conscientemente.

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