O termo suicídio foi utilizado pela primeira vez em 1737 por Desfontaines. O significado tem origem no latim, na junção das palavras sui (si mesmo) e caederes (ação de matar). Esta conotação especifica a morte intencional ou auto-infligida. Num aspecto geral, o suicídio é um ato voluntário por qual um indivíduo possui a intenção e provoca a própria morte. Pode ser realizado através de atos (tiro, envenenamento ou enforcamento) ou por omissão (recusa em alimentar-se, por exemplo). Em medicina, classicamente, era considerado uma atitude covarde de uma pessoa fraca que diante dos problemas da vida escolhia fugir de forma drástica em vez de enfrentá-los. Hoje, a medicina entende o suicídio dentro de um contexto absolutamente diverso. Sabemos que o cérebro funciona às custas de uma série de substâncias químicas que são liberadas para integrar os circuitos de neurônios chamadas neurotransmissores e que têm importância muito grande no ato final do suicídio.
Tudo que antes considerava um problema simples e que parece insignificante para os outros, passa a assumir dimensões catastróficas para ele. Sentindo-se sem saída, pode buscar a mais difícil de todas: o suicídio.
Esse adolescente precisa saber o que está ocorrendo nos neurotransmissores de seu cérebro. Assim, não optará por uma solução que o fará abrir mão de sua vida, de seus desejos e aspirações, daquilo que queria para o futuro, das pessoas de quem gosta. Sabe-se hoje que, na grande maioria dos casos, o suicida tem uma percepção patologicamente falsa do mundo e dos valores, tal como um míope veria desfocada a realidade. Há inúmeros estados emocionais que limitam e distorcem a percepção da realidade, subtraindo da pessoa a devida liberdade, que os sadios têm, de considerar as condições de existência com a devida sensatez. O Transtorno Dismórfico Corporal, muito comum em adolescentes, diz respeito à preocupação exagerada com um defeito inexistente ou ligeiro na aparência. A Personalidade Borderline segundo o DSM.IV (Manual de Diagnóstico e Estatística das Doenças Mentais) é caracterizada por um padrão comportamental de instabilidade nos relacionamentos interpessoais, na auto-imagem e nos afetos. Há uma acentuada impulsividade, a qual começa no início da idade adulta e persiste indefinidamente.
Há uma frase célebre sobre o tema do filósofo Albert Camus: "O suicídio é a grande questão filosófica de nosso tempo, decidir se a vida merece ou não ser vivida é responder à uma pergunta fundamental da filosofia"
a) suicida egoísta. A pessoa se mata para não sofrer mais;
b) suicida altruísta. A pessoa se mata para não dar trabalho aos outros (geralmente pessoas de idade);
c) suicida anômico. A pessoa se mata por causa dos desequilíbrios de ordem econômica e social. Exemplo: a Revolução Industrial, tirando empregos de algumas pessoas, estimulou-lhes o suicídio. (Enciclopédia Encarta)
Geralmente o suicídio não pode ser previsto, mas existem alguns indicadores de risco:
Qualquer distúrbio (Depressão, Ansiedade, Psicose, etc.) mais os seguintes fatores aumentam o risco: isolamento social, falta de amigos, não ser casado, não morar com uma outra pessoa, não ter filhos, não ser religioso.
O provérbio "cão que ladra não morde" não existe
Disponibilidade de meios para o suicídio.
Idéias de suicídio abertamente faladas.
Preparação de um testamento.
Luto pela perda de alguém próximo.
História de suicídio na família.
Pessimismo ou falta de esperança.
Suicídios no mundo:
No mundo suicidam-se diariamente 2000 pessoas.*
Nos Estados Unidos são 30.000 suicídios por ano (quase 100 por dia).
No geral, 7% dos suicidas sofrem de dependência alcoólica.
Aproximadamente 90% de quem tenta, avisa antes.
Em torno de 70% dos suicídios ocorrem em decorrência de uma fase depressiva.
Quem já fez uma tentativa, tem 30% mais chances de repetir do que quem nunca tentou.
No Brasil:
Entre 1989 e 1998 os suicídios aumentaram 56,9%.
O índice brasileiro é de 4,9 suicídios para cada grupo de 100 mil habitantes.
O Rio Grande do Sul possui os índices mais altos: 11 para cada grupo de 100 mil habitantes.
Porto Alegre é a capital com maior taxa de suicídios (11,9/100 mil).
Entre 1993 e 1998, o número de jovens que tentaram o suicídio aumentou 40%.
Em 1997 quase 1.500 jovens tentaram se matar no Brasil.
Mundialmente, o suicídio é a sétima causa mortis na população adulta.
1 comentários:
Heyyyy nem pense nessa idéia não! Tanta gente lutando pela vida, e vc, um rapaz saudavel, bonito e inteligente pensando nessas coisas! Pára com isso! já passei por isso e pode ter certeza que é tudo questão de ponto de vista, de como olhamos para o mundo e principalmente como olhamos para nós mesmos. Tudo começa pelo nosso amor próprio. A partir do momento que vc começar a se amar, vc vai passar a olhar com outros olhos a vida.
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