O amor Real

domingo, dezembro 02, 2007

Tudo definisse em torno de dois paralelos, que são antagonicamente decididos, é que pode parecer um tanto "disparatado", ou "romântico", mas que no fundo, é uma progressão matemática, lógica e calculista. O paralelo do amor, e o paralelo do medo. São duas forças, que empurram o ser para um lado e para o outro, e num vai e vem, o ser fica viajando por duas vertentes, ou pela fuga, o que é um erro, ou, pela aproximação, que também é um erro.

Quando o amor chega é necessário nega-lo veementemente, com todas as forças do seu ser, o amor é um excesso de fragilidade, uma doação egoísta entre os seres; uma compaixão que nada alimenta e nada alicerça. Amar é girar ao redor do outro, cria dependências terríveis, e o ser, que ama, acaba, sempre, por deixar de se amar. Perde a capacidade de amar a si mesmo. Ou o ser é verdadeiramente, e coloca o foco em si, ou transfere este foco para o outro; o amor para o outro, nunca é amor real, é amor transmutado no medo. Porque o que determina este amor, não é o amor, e sim, o medo... Medo de não ser suficientemente forte para enfrentar a realidade, com soberania e determinação. O amor real, pode parecer egoísta, mas o amor verdadeiro, é altruísta, na sua solidão, e o amor de mentira, pela sua "expansão" e ligação de dependência com outro, por mais que uma faça o "bem" para o outro, é considerado sempre um ato de egoísmo e de mútua dependência, sempre baseada no medo e na solidão interna - quando o ser ausenta de si mesmo...

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