quarta-feira, dezembro 19, 2007

Na paisagem submersa do ser, entre as névoas que recobre a sua verdadeira identidade, ou antes dela ter se formado, ou depois... Porque nada se formava de coisa nenhuma, tudo existia anteriormente, num estado anterior de simulações de eventos acidentais. Num minúsculo cubículo, chamado solidão, e num grande recipiente chamado duvida, a insegurança perambulava feito um zumbi errante, entrando e saindo, incomodando; no furor dispersivo entre uma força esmagada, tolhida, e um desejo, pré-selecionado, aprisionado, boiando entre símbolos arquetipicos de uma irradiante presença corporal perfeita. Não era abstrato, e nem subjetivo, era subjetivado por um meio externo, e era uma nuvem incorpórea sem formato definido, pairando entre um ponto e outro, querendo obter um aspecto peculiar, uma razão de ser; mas as forças dispersivas, indo em direções contrária, sempre em direções contrárias, minavam qualquer possibilidade... e rareando, numa dissipativa absoluta, foi, paulatinamente agregado por outras formas. Porém, a sua identidade primaria, não foi morta totalmente, o que acarretava vários transtornos. Pois, dentro de uma forma já estabelecida, existia um conflito que o puxava para um lado e outro, ele, pouco a pouco foi se despedaçando. Era um turbulenta nuvem de medo, e insegurança que não se limitava a si mesmo, que depreendida, atacava as outras formas, e outras formas, tomadas pelo medo, pouco a pouco se desintegravam, e voltavam a ser uma propriedade diluente.

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