A morte...

sábado, junho 30, 2007

A morte é uma inarmonia num estado natural de não-vida; quando acordamos e nos conscientizamos da nossa existência ocorre uma supressão continuada do tempo, tendendo para uma inadequação perpetua de um movimento que não se resolve nunca, dando uma falsa impressão de linearidade, motivando lapsos estruturais na integralidade do espaço... os “buracos” abertos por esta falta de consistência criam inexistências que transparecem uma objetividade direta porém são reflexos incontidos de uma existência real, rastros a qual delimitam uma marcação de um evento modificador... Seguir o curso de uma existência tal, no ponto do observador, não evidencia a existência de um ponto congruente, mas estrutura a própria existência do observador; o ponto observado é sempre uma visão disritimada de si mesmo, uma lacuna de incongruência na percepção da nossa própria consciência, por isto, buscamos o outro na intenção de nos situarmos num determinado perímetro de existência, mas, quanto mais fazemos isto seguimos mais pela direção contraria e nos perdemos... somente a auto-observação pode nos salvar de nos mesmos.

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