A imagem que reflete a si mesmo

terça-feira, maio 25, 2010

Qual é o botão que liga a mente humana? O botão de start, para iniciar o sistema. O que faz com que o ser humano fique desperto, atento, focado no ambiente externo, e em suas reações internas!? O ser vivo, o ser humano, é uma máquina engenhosa e perfeita, quando mais se pensa, ou se estuda, mais maravilhas descobrisse. Quando o individuo acorda, ele desperta para si mesmo, para o seu "eu", para um emaranhado de necessidades, desejos, medos, ele se encaixe dentro de si mesmo, e sente um certo conforto, por saber que ele é ele mesmo. Que ele é um local comum, um amigo identificável, como se existisse um olho misterioso dentro de si mesmo, que fica olhando para si mesmo, como se fosse uma imagem no espelho, que necessita ficar olhando-se, mirando no espelho, para reconhecer a sua própria identidade. E quando não se olha neste espelho imaginário, a pessoa fica desfocada, perdida, sem saber quem é o que é o que precisa realizar imediatamente. Pensar nestes conceitos, e tão maravilhoso, aquele que estuda a si mesmo, sendo ele próprio o objeto de estudo. A imagem refletida no espelho, que olha para si mesmo, tentando identificar as suas necessidades e princípios, o que move o seu comportamento e suas ações, entrar dentro de sua mente...

O eu e o ser

segunda-feira, maio 24, 2010

Qual seria o sentido máximo do "eu" na formação do "ser", ou vice-versa. O "eu" poderia ser entendido como uma lugar comum do "ser", como se o "eu" fosse a casa e o "ser" a cidade. O eu centraliza todas as informações que são usadas  com mais frequência, é a primeira interface entre o ser vivo e a realidade, posteriormente , o "eu" dialoga com o "ser" pedindo novas informações, mais interpretações da realidade, e no centro da memória tenta reaver informações importantes para aperfeiçoar a interação com a realidade. O eu é tão somente a união das informações básicas que ficam disponíveis, on-line, ou, que ficam em "stand by"... Isto abre várias possibilidades!? A morte do "eu" faz com que o ser fique diluído, não centralizado, o que por um lado é bom, ou por outro lado é ruim, é bom porque não existe uma personalidade especifica, ou um jeito de ser especial, cheio de padrões pré-compilados para interagir com a realidade; o lado negativo é que o ser ficará lento, já que partes da consciência importantes para interação com a realidade  não estarão disponíveis e os padrões mentais necessário não estarão disponíveis para o uso imediato.

O conhecimento é inútil

quinta-feira, maio 20, 2010

Eu sei que qualquer conhecimento é sempre um pedaço incompleto de si mesmo, uma pedaço de si desfaçelado e estraçalhado rodopiando ao redor da sua suprema ignorância.... Sendo assim, não tenho o desejo preciso de saber algo a qual não se tem um liame universal que possa me servir como trampolim para alcançar o universo, ficando sempre a mercê do insucesso, que é uma forma dilacerada do próprio individuo... A minha convicção existencial é a noção transcendental do "voltar a ser...", mais conhecido como: "continuar a ser...". Nós, enquanto individuo, dotados de fraquezas ímpares, sempre estamos numa movimento perpetuo, rumo ao desconhecido, girando freneticamente, procurando respostas a nossas indagações, querendo completar aquilo que nos falta... Este movimento incontido é inútil, este desespero, está ânsia perpetua é pura ilusão daquilo que somos e daquilo que pretendemos nós transformar no futuro, se for observado com presteza, nada se transforma em nada, tudo continua a ser o que é, e sempre foi... Não existe nenhuma alteração, existe o vácuo de uma alteração, que é a noção inadequada de que algo está mudando...

A lacuna do ser

Não importa o que façamos, ou o que deixemos de fazer, o real, ou o significativo, ou, ainda o que sobra de importante de tudo isto é a nossa suprema pequenez, diante de nós mesmos e diante do universo... O que deixamos de fazer é uma imensidão incalculável, e o que conseguimos fazer é praticamente insignifante em todos os paradigmas que possamos registrar. Sendo assim, sempre estamos numa incompletudo que é a caracteristica daquele que indaga ser; ter um mecanismo interior para que as indagações levantem eco, numa suprema insatisfação generalizada... Não devemos nos levar a sério, e nem devemos capitular todas as nossas falhas, já que o universo tende muito mais ao "insucesso" e o "fracasso", do que o sucesso irreprimível... A verdade a saber é que por inadequação, uma falta de coesão entre um aspecto e outro aspecto, uma lacuna qualquer; surgiu o ser, que é aquele que tem como responsabilidade preencher as lacunas com a maior presteza possível, e está missão sempre é falha... Porque o universo é tão cheio de lacunas, que o preenchimento de uma lacuna sempre abre espaço para várias outras, reforçando a necessidade de se criar uma camada espessa para tentar cobrir todas as lacunas, o que é, sem duvida alguma, impossível... O que seria tangenciável? O que seria praticável? A verdade para está pergunta é sempre uma, não há uma explicação racional... O que seria a razão, para dar conta a está explicação, nada!? O universo, em suma é uma lacuna aberta dentro de si mesmo, nós por extensão, somos uma lacuna aberta dentro de uma lacuna, para preencher está lacuna, nós, somos uma lacuna dupla, mas quando nos analisamos, percebemos que a nossa consciencia abre-se diante desta perspectiva, como uma nova lacuna, dai se diz que somos uma lacuna tripla, mas se nos analisarmos mais, está lacuna será maior ainda, e assim sucessivamente... Ou seja, sempre que nos abrimos a conscientização e a explicação da nossa existência, sempre que a nossa existência clama em nós um chamado a nossa lacuna interna se aprofunda, como se fosse um buraco sem fim, que ao cavucarmos mais, mais iremos abrir este buraco infinitamente.