1-23 Eu adoro a minha família 23/11/2006 - 11:30 PM

sábado, novembro 25, 2006

Quando eu digo que detesto a minha família. Eu não estou dizendo, realmente, que detesto a minha família. E não existe nenhuma contradição nisto. A minha família é igual a qualquer outra família. Nem pior, nem melhor. Acontece que eu talvez seja um pouco diferente, ou, tento viver num outro mundo. Na minha família tem briga como em qualquer outra família, mas na minha cabeça isto é inadmissível. Ou, eu vivo num o paraíso perfeito, ou, vivo num inferno completo; não existe meio termo para mim, sou o rei das extremidades.

A minha família representa, simbolicamente, todos os carmas que preciso resolver. E por ser difícil, por envolve um grau de equilíbrio emocional ou inteligência emocional; e a modificação do meu perfil psicológico ou psique... é como se fosse uma feria exposta que é cutucada o tempo todo pelo outro. E esta ferida são as nossas emoções negativas (desculpem, não achei um termo melhor). O resultado é que disto resulta muito atrito; e neste ponto, evito, a qualquer custo o embate... prefiro me isolar, prefiro trancar-me; revestir-me numa couraça de aço-inox para proteger-me

Se for pensar bem, neste aspecto, a minha família é maravilhosa. Porque dá a possibilidade eterna de contrabalançear as minhas tendências negativas. Como, além de outras coisas, a família tivesse este objetivo principal: criar relações turbulentas ou pacificas para que nestas interações os defeitos humanos fossem suprimidos, compreendidos ou trabalhado.

Quem conhecer a minha família, provavelmente vai se surpreender. E achara que sou extremamente exagerado e dramático – isto eu sou mesmo. E em alguns casos irá achar a minha família boa e humana (talvez devido a minha visão negativa) – com algumas exceções de alguns membros da minha família. Reescrevendo: As pessoas irão achar a minha família boa, bem humorada, gentil; com exceções, na minha visão pessimista, de certos indivíduos da minha família (principalmente do meu pai). Espero que eu não tenha si muito confuso.

1-22 Amenidades. As minhas idéias foram roubadas 23/11/2006 - 10:10 PM

Eu tenho um ódio tão grande quando as minhas idéias fantasticamente originais são roubadas. E num mundo com mais de 6 bilhões de pessoas pensando, pensando... as nossas idéias por mais criativas que sejam são, fatalmente, “roubadas”. Isto ocorreu de uma maneira um tanto catastrófico (para mim é claro).

Em 1.996 eu escrevi um livro de ficção científica chamado Domo 1 – Terrestre (com certeza já deve ter algum livro com este nome) e um dos personagens deste livro, que eu criei no meu mundo isolado, e saiu realmente da minha cabeça, chama-se: Kadrashi. E atualmente, neste minha fase, estou utilizando este nome pra tudo: no meu Blog, no Orkut, no meu e-mail, etc... E eu pesquisei na Internet, e por incrível que possa parecer, achei varias nomes iguais ao meu – quer dizer, achei só um, os outros eram parecidos, mais exatamente Kadrash, sem o i E isto me deixou tão revoltado, injuriado, frustrado... Como pode, afinal de contas!? Como pode acontecer uma coisas destas!? Um outro ser humano tendo a mesma idéia que eu. Que horror!? Que calamidade!? Será que é sincronicidade – duas pessoas distantes tendo a mesma idéia. Ou, uma mente universal, ligada telepaticamente, ou coisa parecida. Ou, simplesmente, coincidência. Na realidade eu não sei, ou não quero saber.

Preciso, urgentemente, criar nomes mais originais, mais estranhos, com muito X, Y, K, R, M, H, e depois, pesquisar na Internet para saber se alguma outra pessoa teve a mesma idéia que eu. E nos meus livros de ficção cientifica, fantasia, metafísica – na realidade estes livros eu escrevi praticamente em 1.996, depois, obviamente, pelo fim da minha auto-estima, e fim da minha motivação (dianética) eu parei de escrever, o resultado e que a maioria dos meus livros estão incompletos – eu inventava uma series de nomes entre eles: Huguelo, Réwim, Bedove Krilios, Derista, Damaza, Mimppejuã, Ashihiro (axiriro), Aglsta, Argilres, Teirso, Moxium, Austemaier, Mekim-lo, Aflanelos, e uma infinidades de ouros. Mas eu parei de criar estes nomes no momento em que desisti totalmente de escrever livros de ficção cientifica. Ah, não roubem os meus nomes. Eles pertencem aos personagens de meus livros. Só eu, como o criador, posso, de vez quentão, roubá-los. Vocês ... infelizmente , continuem utilizando nomes mais simples para colocar em seus e-mail, como: lindinha, fofinha, docinho, anjinho @ qualquer coisa. Afinal de contas vocês não são Kadrashianos – se quiserem, poderão aprender, é só entrar na minha comunidade – e não precisam de um nome sofistica e original. Desculpe, a minha... se quiserem eu poderei criar um nome, mais ou menos original, para vocês!

É tão difícil criar um nome totalmente original. Acho que todos os nomes únicos já foram criados. E até aqueles nomes já citados, a maioria, com certeza, já existem, e existem a muito, muito tempo. Por isto eu não compreendo esta multidão de pessoas criando. Porque não deixam a criação do universo, e odas as suas leis e nomes para um Kadrashiano como eu, vocês poderão utilizar, a vontade, toda a minha criação – menos, é claro, roubar ao meu posto mor de criador oficial do universo e suas leis (desculpem, a minha megalomania e complexo de Deus, me perdoem se forem capazes).

Se é difícil criar um nome original, pense na dificuldade de criar, realmente, um livro, uma poesia, a letra de uma música, uma pintura, uma obra qualquer. É necessário embaralhar as idéias de tal forma; mudar a orientação principal do cérebro; dar um grau de complexidade tão grande ao pensamento; entrar num mundo abstrato; afastar-se da sociedade para livrar-se de todos os preconceitos; criar uma linguagem próprio, um jargão cientifico altamente sofisticado; estudar todos os filósofos, todos os poetas, todos os escritores, todos os cientistas, todos os gênios da humanidade; estudar toda as ciências criadas pelo homem e depois esquecê-las, para afastar-se do pré-conceito. Ou, seja é impossível! Como o cérebro vazio, despido, pode criar o universo, do nada, é impossível...

1-21 Crise de mutismo ou paralisia 21/11/2006

Como começar!? Como começar!? Como começar!? Droga de mente, droga de paralisia involuntária!! Ah, já sei!!... não, não isto não!... Não Pode!! Alerta, censura, censura, censura...

Era uma vez – isto não, é claro -, então o que, o que!?... pensar, pensar... Qual é o começo mesmo!? Ou, eu começo do meio ou do fim... não sei (palavrinha limitante) , mas eu realmente não sei como começar!

Oh, dificuldade!! Pensa Cesar M.! Trezentas opções e nenhuma cabe no meu pensamento, 1 milhão de palavras e nenhuma pode ser usada... Calma!! Sem necessidades de cobrança

Pronto, já estou me restabelecendo. Estou colocando o pensamento em ordem, o raciocínio esta se acalmando... já posso ver o sol despontando no horizonte (agora não é hora de lirismo!!). Viu é difícil, muito difícil!! Eu disse que era difícil! Ninguém quis acreditar em mim. Pois eu digo e repito é verdadeiramente um inferno, ou coisa pior, se existir...

Bem, o começo, o começo, qual era mesmo!? Que saco – não deveria ter dito uma palavra destas, afinal de contas você é um Kadrashiano, e um Kadrashiano não diz uma coisas destas... (quanta arrogância, eu não me suporto, decididamente). Esperem um pouco eu vou chegar ao assunto, esperem a briga interna acabar... esta acontecendo um embate dentro de mim. Daqui a pouco ele termina (como você é mentiroso, você sabe perfeitamente que a briga interna nunca termina)...

É exatamente isto, em todas as medidas. É isto o que ocorre em minha mente – quando ocorre é claro -, porque, normalmente a minha mente fica em branco (ansiedade, ansiedade, ansiedade...) E daí vem à crise da paralisia ou do mutismo. Fico na minha mente brigando, discutindo comigo mesmo, medindo as minhas palavras, avaliando cada gesto, cada pensamento... Um censor obsessivo chamado super ego me limitando, colocando um cabresto na minha boca. E eu fico paralisado, olhando para baixo, sem te coragem até mesmo para me levantar...

Foi assim. Eu estava sentando no consultório na sala de espera. Ai chegaram dois rapazes e eles foram para a cozinha, junto com a Andresa. Eu fiquei com tanto ciúme, tanto ciúme e minha mente ficou fervilhando de idéias negativas. Porque a Andresa não me convida para ir a cozinha? Será que ela não gosta de mim? Será que ela não se importa comigo? Será que ela gosta mais destes rapazes do que de mim? Quem são eles afinal, que eu não os conheço? Porque eu não uso as minhas perninhas (isto não, as minhas pernas são pernas de arvore em estado vegetativo) e vou até a cozinha para ver o que está acontecendo! Não! Não! Eu vou incomodar a Andresa, ela vai ficar com ódio de mim, vai ficar brava... Deve ser um assunto particular, e como sou excessivamente escrupuloso, vou ficar quietinho aqui, caladinho, sofrendo, eu e meus fantasmas...

É assim que ocorre na minha mente. Em varias situações, muitas situações! O que é!? O que pode ser? Escrúpulos, escrúpulos... medo de ferir o outro e ser esculachado, da pessoa ficar brava comigo e nunca mais querer ter qualquer relação comigo; medo de ser abandonado e ter que me escravizar as vontades dos outros (vontades que eu imagino dentro da minha cabecinha distorcida, visões da realidade distorcida). O que fazer!? Se é que tem alguma coisa a se fazer numa situação destas!! Não me importar com os outros, só me importar comigo... e os outros que se @#$x*& Isto mesmo! Isto mesmo! Os outros devem me aceitar do jeito que eu sou. Com as minhas idiossincrasias, manias, o meu jeito de ser (um tanto estranho, será!?); os meus pensamentos extraterrestre, a minha liberdade e descaramento, o meu sarças mo e humor negro (não sei se sou assim, não conheço esta tal de Cesar M.), esta mania minha de atormentar e assustar as pessoas (causar rubor, quando a pessoa fica sem jeito); e outras inquietações da minha mente doentia, selvagem, indomável, porém, adestrada, devidamente adestrada pela TIMIDEZ. Devo expor o meu ser (terrível) impunemente (não era esta palavra que eu queria usar) à sociedade. Sem dó nem piedade! Com uma violência atroz!? Quem não quiser me aceitar, que não me aceite. Não vou ficar mendigando amor por ninguém, nem vou ficar me arrastando; e nem tão pouco vou RESPEITAR as pessoas a ponto de tratá-las como se elas fossem uma taca de cristal, frágil... RESPEITAR a ponto de tratá-las como se elas fossem um Deus que poderia, abruptamente, me expulsar do paraíso e me colocar no inferno. Prefiro ficar no inferno, que seja!

Mas, como eu sou eu, sei que amanhã serei o velho e bom Cesar M. – quietinho, calado, reprimido, ingênuo, bondoso, risonho, fingindo como somente ele sabe fingir (dissimulado), de bem com a vida, meigo; enquanto isto, terror, terror, terror, dentro de mim uma bomba atômica esta prestes a explodir (ódio, ciúme, inveja, orgulho, frustração, desprezo, decepção, abandono, insegurança, medo, confusão, menosprezado, isolado, distanciado, desesperado, histérico, alarmado, ..., ..., ..., ..., ..., ..., ..., ..., ..., ao infinito); como uma usina nuclear prestes a entrar em colapso, a explosão terrível, de uma super nova, o colapso gravitacional universal, explosões de uma super nova - desculpe a redundância, mas para exprimir o infinito e o limite máximo que uma pessoa pode alcançar nem mesmo a palavra infinito pode exprimir o sentimento que acontece dentro de mim – uma panela de pressão turbulenta, cheia de átomos que serão aniquilados com violência... Bum!!!!

Esqueçam!! Tudo mudou!!

1-20 Ver a perfeição dos outros me deixa abalado psicologicamente 19/11/2006

domingo, novembro 19, 2006

Eu já falei a respeito dos meus preconceitos, das minhas inibições, nas dificuldades em me expressar; dos desvios de caráter, ou emoções negativas, dos excessos emocionais (medo, ódio, vaidade, orgulho, arrogância, egocentrismo); algumas vezes, eu fui completamente justo comigo, outras vezes, sob influencia do meu pessimismo e derrotismo fui exageradamente critico e violento comigo mesmo – não precisa colocar este “comigo mesmo”. Enfim... quando se analisa a si mesmo, nos sempre estamos sob a influencia do próprio mal a qual nos aprisiona ou nos deixa desequilibrado emocionalmente, por isto, é muito difícil fazer uma auto-análise positiva e construtiva de si mesmo – que ódio!! Não deveria ter colocado este “si mesmo”.

Um ponto que me deixa abalado emocionalmente é reconhecer a perfeição ou inteligência, ou ainda a superioridade dos outros em relação a mim. Isto não ocorre com os grandes gênios da humanidade, que já são reconhecidos mundialmente, como: Mozart, Beethoven, Kafka, Fernando Pessoa, Augusto dos Anjos, Kant, Schopenhauer, Nietzsche, etc...

Eu estava lendo um blog de uma pessoa e achei que ele escrevia tão bem – apesar do assunto não me interessar muito... Isto me deixou muito acabrunhado, sentido-me péssimo e inferiorizado; a minha auto-estima desceu a níveis críticos e o meu corpo ficou “mole”, senti-me cansado, exausto, deprimido, etc... No meu pensamento eu nunca vou conseguir chegar ao nível desta pessoa e nunca vou conseguir escrever, tão bem quanto ele. E alem disto saber que existe pessoas superiores a mim, de certa maneira, abala a minha autoconfiança e complexo de superioridade, ou vaidade e orgulho. Eu não deveria ficar assim, eu deveria lutar contra estes sentimentos que me abala e também lutara para superar as minha fraqueza e fortalecer a minha “intelectualidade”. Mas...

Eu já fiquei assim em diversas outras situações; este meu comportamento e repetido exaustivamente sempre que a sociedade abala a minha noção ingênua que sou um “Deus” sob a terra e ninguém, absolutamente, irá superar a minha suposta “superioridade”.

Isto já ocorreu quando li uma menina, de pouca idade escrever um depoimento no orkut utilizando expressões cultas que ninguém usaria, a não ser, uma pessoa que realmente gosta da língua portuguesa. Ocorreu diversas vezes por me sentir inferiorizado em relação a superioridade numérica dos outros usuários do orkut, enquanto eu tinha 20 amigos os outros tinham 100, 200, 400, 900 etc; e isto me deixava deprimido. Sempre que eu leio uma mensagem colocada numa comunidade por uma pessoa “comum” expressando uma inteligência ou um poder de memória superior do que as minhas, também fico deprimido. Quando leio uma poesia ou uma mensagem poética, onde se encontra algo superior ou que eu reconheça como superior, isto também abala terrivelmente o meu ego. Enfim... qualquer coisa vento de uma “pessoa comum” que demonstre alguma habilidade ou inteligência faz sentir-me inferiorizado. Abala a minha auto-confiança mexe com minha auto-estima; reduz a pó qualquer suposta habilidade “superior” que eu tenha ou venha a ter; faz com que eu caia num ostracismo e num estado de debilidade, a qual, me coloco, minando qualquer possibilidade de alcançar uma condição de “genialidade”, ou mesmo, de grandiosa mediocridade, pois rebaixo-me de tal maneira que me sinto o mais burro dos homens, o mais idiota, que não conseguirei fazer nada de grandioso, e que serei eternamente um “zé-ninguém”...

Não deveria ser assim!? Se pelo menos não me apegasse tanto a minha inteligência e suposta superioridade; se fosse modesto, desprendido e principalmente me rejubilasse com a superioridade dos outros. Se procurasse reconhecer a suprema união de todos, e nesta união ninguém e superior ou inferir. E todos, igualmente, são filhos de Deus e tem suas habilidade, aptidões etc... Apesar de que ninguém poderia se sentir superior a ninguém, porque os outros também têm a sua superioridade.

Eu me apego tanto a grandiosidade dos grandes gênios, a inteligência suprema dos grandes filósofos; a musica superior dos grandes gênios (Bach, Mozart, Mahler, etc) que é capaz de mexer profundamente com a alma dos seres humano e nos tocar de uma maneira tão sublime que eleva a nossa alma a uma beatitude sem igual; a perfeição na escrita, o estilo, a historia profunda, envolvente e complexa dos grandes gênios da literatura; os grandes avatares que criarem religiões que mudaram o curso da humanidade; os grandes gênios da ciência que construíram o nosso mundo altamente desenvolvido e super tecnológico, etc. Eu me apego tanto a isto e quero igualar –ou melhor –superar estes gênios. E ser considerado o homem mais inteligente do mundo, o mais hábil, revolucionar a ciência e a sociedade... Tudo pra que!? Adivinhem!? Para ser amado, ser reconhecido, admirado, me tornar uma celebridade, para suprir as necessidades dantescas e monumentais – infinitamente grande –das minhas carências emocionais, carências que me levam ao limite da loucura, ou, me transforma o meu ser numa arena onde emoções exageradas ao extremo digladiam-se dentro de mim... Fazer o que!? Esta é a mente megalomaníaca de um tímido extremo.

PS. Estou ficando extremamente saturado comigo mesmo, e com os meus problemas, com o meu linguajar repetido, com as mesmas expressões, etc... Se alguém estiver ficando saturado comigo, por favor, me comunique!!!.... Estou tão saturado comigo mesmo que penso em dar uma folga, e não me analisar mais, a redundância excessiva esta me deixando profundamente entediado. Espero que não esteja ocorrendo o mesmo com vocês – isto é, se alguém no mundo, no mundo inteiro, esteja lendo este Blog. Será que alguém está lendo este Blog? Por favor, me comunique sobre mim, e o que estão achando.

1-19 Assunto já discutido. A minha dificuldade de escrever - 18/11/2006

Algumas vezes – ou sempre -, me dá uma inquietação em relação a que escrever. É uma espécie de indecisão mesclada com um sentimento de incapacidade –uma grande sensação de incompetência. E isto me deixa imobilizado. A minha mente fica em branco e não ocorre nenhuma idéia. A parte cerebral responsável em criar e prejudicada e atacada ferozmente pelos meus sentimentos de negação e repressão – que enjaula em mim todas as minhas criações -, inibições relacionadas com a minha tendência a me autodestruir, autoflagelar-se, autocomiseração que impõem uma grandiosa ruptura com o meu eu, ou, uma finalização terminal da minha capacidade em expor o meu pensamento. Sem falar, obviamente, da responsabilidade (gigantesca por sinal) em representarem as minhas idéias no papel ou na realidade, ou, no palco da vida. O meu eu, incapacitado, cheio de preconceitos e visões negativas, quer se exibir, mostrar o seu conteúdo – motivado por uma tendência em obter aceitação, amor infinito, elogio e consagração definitiva da sua grandiosidade megalomaníaca e egocêntrica –mas recai sempre na sua autocritica severíssima e fica “imobilizado”

A construção do meu eu é uma construção baseada sempre na não aceitação de si mesmo, e na carência a qual sofri pela sociedade e na incapacidade de não me comunicar (verbalmente), tudo isto, infinitamente ampliado pelas humilhações (terríveis) que fui vitima desde o prezinho ate a universidade (maldita UNAERP, maldita!!!...), recalcada pela minha timidez crônica e genética.

Voltando ao caso da responsabilidade. Não posso em nenhum momento criar responsabilidades. Devo fazer o que devo fazer e criar o que devo criar sem esperar nada de mim, nenhuma expectativa... Nenhum sucesso. Nenhuma fama, nenhuma perfeição. Devo criar impunemente, com muita irresponsabilidade e desligado de qualquer esperança de obter sucesso ou triunfo. Se não ajo desta maneira a responsabilidade vai mexer com minha auto-estima e querer conquistar um espaço gigantesco. Eu não quero, de maneira alguma, ter responsabilidade sobre mim mesmo e a minha obra, quero viver sem nenhuma responsabilidade, pois tenho um medo mórbido e dantesco que não conseguirei suportar a carga de energia a qual estas decisões impõem, tenho medo de não ser capaz de responder aos anseios da sociedade e meus próprios anseios – não estou conseguindo me comunicar de uma maneira sintetizada, objetiva e direta eu não estou conseguindo convencer nem a mim mesmo. Estou titubeando e procurando no meu cérebro uma resposta e a uma sensação puramente emocional que esta distante neste momento. Por isto a minha escrita esta saindo rocambolesca e redundante. Devo, fazer uma auto-analise profunda, quando a crise da responsabilidade vier e tomar conta de mim.

Fico confuso em que escrever e como escrever, isto entorpece a minha capacidade de criar. Não sei qual assunto escolher e como dar vazão a esta sucessão de pensamentos. Acabo me perdendo e não conseguindo me expressar de uma maneira direta. Sinto uma ansiedade crescendo em mim e uma luta interna entre dois opostos, um que quer se comunicar e outro que quer calar... fico dividido. Às vezes o lado negativo vence com folga e não consigo escrever nada, outras vezes o lado positivo vence e me dá uma sensação de missão cumprida e uma enorme felicidade e minha auto-estima sobe e me sinto mais forte, como se fosse um “Deus”.

O começo e o mais terrível porque ele sempre envolve a criação do novo e no novo não estamos bem assentados, estamos sempre envolvido numa nebulosa de duvidas e indecisões. O pensamento não foi arquitetado e ele não tem uma direção própria. Ele se torna rarefeito e difuso... e corre por todas as direções procurando encontrar um caminho para se expressar, ou algo, a que lhe de uma forma definitiva... e isto deixa o cérebro desnorteado (a ansiedade pode prejudicar muito) o cérebro mesmo querendo expressar dica em branco. Ou seja, o que ocorre é a reação oposta à desejada. Muita calma e equilíbrio e necessário e principalmente cortar ou definir o motivo dos medos – fazer uma auto-analise, reconhecer o problema, promover uma solução, enfim... -, e ter esperança em si mesmo e na sua força buscar dentro de si uma luz um brilho uma inspiração divina. A fé é sempre uma grande solução nestes momentos, fé em nossas habilidades e reconhecer o nosso poder e na nossa capacidade em vencer as adversidades.

1-18 A minha personalidade diante da sociedade; mudança de personalidade; mudança de opinião; mutações das minhas idéias - 17/11/2006

As minhas idéias e opiniões são muito volúveis. Eu estou mudando de idéia o tempo todo. De vez enquanto eu próprio não concordo com as minhas opiniões. AS idéias podem ser maneiras de ver a realidade num determinado momento amparando-se sob uma ótica linear; um prisma de expectativas diante do mundo. Então, tento, de uma maneira diversa, me posicionar na sociedade com uma perspectiva, num campo especulativo, oposto. Colocando-me sob oposição, trabalhando energeticamente num ângulo oposto a da sociedade e de mim mesmo. Distanciando-me da realidade ou inventando uma nova realidade, ou recriando novas realidades e antagonizando com as realidades já criadas. Mantendo-me distante de qualquer paradigma ou não criando dogmas e nem preconceitos... apesar, obviamente, das impossibilidades que as emoções desequilibradas nos impõem (fixação de certos conceitos emocionais).

Eu não tenho um “eu” fixo, tenho um eu falso, um eu dissimulado... que simula a si mesmo de diversos modos. Casa eu, dentro de mim, tem uma existência “real” e pontos de vista diametralmente opostos um do outro; eles se mesclam, se misturam e brigam-se entre si. Eu na realidade não sou “eu”, porque me divido tanto, sou fragmentado... a minha alma esta “destruída”. Diante deste prisma o meu ser se torna uma multidão de personalidades diversas; posso ser terrivelmente mal, posso ser extremamente pessimista e derrotista, ou, extremamente bondoso e carinhoso, num estado posso estar debilitado e carente sentido-me solitário, outras vez, sou escrachado, patético, risonho, algumas vezes, sarcástico, cultivando um humor negro mórbido... A minha personalidade pode mudar de um ângulo para o outro com muita rapidez... ser numa hora uma coisa e numa outro momento ser totalmente diferente. Talvez, isto ocorra com todos os seres humanos, só que no meu mundo solitário não consigo perceber isto emocionalmente, e me acho único; como se a única pessoa a ter este nível de despersonalização no mundo fosse eu.

A minha personalidade, tem um propósito único e diverso, e em cada momento posso assumir um caráter diferente, dentro de um certo paradigma, ou um desejo enorme de ser amado. E isto muda a forma como me posiciono diante da realidade segundo o desejo oculto que se esconde dentro de mim. Às vezes, faço-me, extremamente carente (coitadinho) para ser amado; de certa maneira provoco a sociedade para descobrir como ela vai agir comigo. Para saber se a sociedade me ama, se interessa por mim. Sempre tentando obter da sociedade uma resposta favorável para solucionar as minhas carências, inibições, auto-estima baixíssima, inseguranças, etc... Só que raramente obtenho uma resposta favorável, o que, dentro de mim, desencadeia uma reação negativa contra a sociedade. Um ódio monumental e um desejo de aniquilas toda a humanidade. E como não consigo, alcançar o meu plano “diabólico” refugio-me na minha imaginação. E lá encontro uma satisfação ilusória.

A minha imaginação e um caso a parte para aumentar as minhas dicotomias. Ela, cria realidades múltiplas, algumas super otimistas e fantasiosas, outras vezes, terrivelmente pessimistas, catastróficas e um dramatismo sem igual. E o meu “eu” é jogado furiosamente de um oposto ao outro o que o deixa entorpecido, abalado, assustado e debilitado. Não consigo, de forma alguma, dominar a minha imaginação doentia, e nem muito menos, acalentar e fortalecer o meu eu.

As opiniões próprias e únicas eu não tenho , tenho uma variação de opiniões que muda drasticamente segundo um desejo oculto de obter uma (como já disse) resposta favorável da sociedade. E para isto preciso me fazer, o tempo todo de coitadinho, para saber se a sociedade sente pena de mim; ou, insultando a humanidade ao máximo, tirando qualquer noção de bondade, transformando-a num monstro odioso, satânico, cruel, despindo-a de qualquer traço de ética; para, que no fundo, a sociedade venha me contrarias, provando com letras garrafais e atitudes inquestionáveis que a humanidade não é ruim – tão ruim quando idealizo. Em suma, provoco a sociedade, sacudo-a, instigo-a, para que ela me de um retorno favorável. Só, que para complicar a situação, eu faço tudo isto num campo especulativo, pois não exteriorizo, de maneira alguma, devido a minha timidez crônica... Resultado, nenhum, absolutamente nenhum... Eu sou infelizmente assim, ou, tento ser assim.

Portando, não se assustem se num determinado tópico eu estou insultando a sociedade e em outro estou elogiando. Se digo uma coisa e num outro artigo estou me contrariando. Se num tópico assumo uma forma extremamente pessimista e violente e em outro bondoso e jovial. Em alguns tópicos serei contemplativo e filosófico e em outro metafísico e religioso, outros, científico e materialista... Enfim, as minhas opiniões mudam o tempo todo e estou me contrariando o tempo todo...

1-17 O problema da individualidade - 16/11/2006

sábado, novembro 18, 2006

Uma coisa que me preocupa muito é a individualidade. Aquilo que me diferencia do outro. E no fundo não consigo encontrar nada de diferente. E me pergunto porque nasci, se sou tão parecido com o outro. Se tenho idéias parecidas, gostos parecido e o meu campo de experiência humano é semelhante ao outro... há algo, em mim que seja radicalmente diferente de um outro ser humano? Algo que seja realmente meu. Algo que justificasse a minha existência humana, existe espaço para a igualdade de personalidades!? Se somos todos iguais porque existimos!? Para repetir incessantemente dos mesmos gestos, os mesmos pensamentos, as mesmas duvidas, os mesmos questionamentos... Que direito temos de iguais aos outros!? Porque Deus criaria bilhões de pessoas com os mesmos sentimentos!? Porque não criar alguns milhões de pessoas e pronto. Excesso de repetição e indubitavelmente contrario a qualquer ineditismo na condição humana. Será!? Que para evolui é necessário ter a criação de bilhões de consciência para que nesta multidão surja algo de diferente, algo a qual a consciência não havia estipulado... o surgimento do novo... Não sei!?

Eu não sei, ou não tenho certeza absoluta... Mas o que me preocupa e eu ser parecido com os outros. Algo impensável para mim. Pois, quero, de todas as maneiras ser diferente do outro; ser diferente em tudo, em tudo mesmo... e nenhum ser seja igual a mim. De certa maneira, ser igual ao outro, é um insulto a minha grandíssima individualidade. Não gosto, de maneira alguma, me ver no outro; enxerga-me no outro, nos seus detalhes mínimos,... o humano me desumaniza, ou , pelo menos, tento fazer isto para me “proteger”. E por mais que tento não consigo me emancipar da consciência humana e seus atributos internos, não consigo me distanciar da genética humana... continuo, mesmo não querendo, sendo um simples ser humano, iguais aos outros.

A minha poesia não retrata de maneira sabia e honesta o novo e inédito. A minha poesia não consegue dar aquele “salto quântico” para me diferenciar. A minha poesia é carregada de um ranço tipicamente humano e isto me assombra e me inquieta, não consigo deslindar a invenção do novo. Fico restrito, infinitamente restrito, ao pequeno, mutável e efêmero campo de percepção da realidade humano.

Como posso me diferenciar!? Como posso realçar as minhas características mais intimas sem me identificar com o outro. Preciso subir num pedestal de suprema criação e recriar-me utilizando um novo paradigma; reinventar um novo ser... que não seja o humano. Mas isto é tão impossível. Tão insano. Tão anti-tudo. E porque querer ser diferente!? Bastaria me consolar com o igual, resfacelar-me com a minha visão humana, tipicamente humana, e com as suas imutáveis ou mutáveis predisposições genéticas e psicológicas. Porque ser um ser humano!? Ser diferente, para mim, é essencial, pois, como posso ser um grande escritor ou poeta se minhas idéias já foram pensadas por outros, e minhas visões da realidade refletem perfeitamente a visão dos outros seres. Como posso me diferencias, me destacar?... Como posso ser um “astro-rei” brilhando intensamente pela sua criação inédita!? Senão consigo me diferenciar não alcançarei nada... somente a mediocridade. E isto para a minha sede de superação, aquele complexo de Deus reverso, é o fim... o fim!!

Enfim... Tudo vai, tudo volta, tudo gira hermeticamente numa condição insignificantemente diferente. Talvez eu seja muito “ambicioso”, ou, muito “egocêntrico”, não sei ao certo... ou, esta minha imaginação doentia; imaginação esta que quer tudo e nada realiza, seja a razão da minha doença.

O Augusto dos Anjos consegue escreve de uma maneira tão diferente(acho, que ele, também, por motivos próprios, queria se diferenciar do outro a todo custo), utilizando palavras novas, com um vocabulário tão rico, isto me fascina, e me causa inveja, apesar de seu pessimismo gritante. Fernando pessoa, principalmente Álvaro de campos se heterônimo, consegue ter uns inshigts metafísicos assombrosos que mudam a percepção da realidade; e este ponto de “grandiosidade” eu queria alcançar, mas..., mas...

Ser diferente em tudo:

Comer a comida de um jeito diferente e lidá-la como se ela fosse um remédio e não uma fonte de prazer; ouvir musica que ninguém ouviria (poucas pessoas, no mundo, ouvem musica clássica, trilha sonora); ver filmes que ninguém veria (filmes europeus principalmente); a poesia (poucas pessoas no mundo realmente gostam de poesias); literatura, livros clássicos que não são apreciados pela maioria da população; ter um vocabulário e uma maneira de se expressar totalmente diferente dos outros; ter uma percepção da realidade ou da sociedade diametralmente oposta à unanimidade; não ter obsessões por ídolos idolatrados pela massa; não ter uma “tribo” e nem algo parecido; ser único e exclusivamente você, em todas as situações; ter opiniões diferentes da maioria ser um “anacrônico” ou um “Kadrashiano”; reinventar-se a todo o momento e não paralisar-se numa determinada situação, etc...

1-16 Escrever melhor, expressar melhor... - 14/11/2006

Recebi duas dicas importantíssimas para escrever melhor. Uma é não ter pudor com o papel. E a outra e não jogar fora nada que se escreve. Eu poderia colocar outra é escrever sem pensar, e sem ter consciência do que se esta escrevendo. Pensar, por estranho que possa parecer, atrapalho o ato de descrever ou expor de maneira convicta a idéia. Isto pode parecer paradoxal mas quanto mesmo eu penso melhor eu escrever e exponho as minhas idéias; agora, quando penso meio a idéia fica paralisado, sem encontrar espaço para sair, circulando num mesmo ambiente sem sair do lugar: o pensamento fica entorpecido pelo ato de pensar. Isto é parecido com a situação de um gago que não consegue expressar de maneira correta; fica titubeando, indo e vindo... O pensamento deve ser livre e desimpedido, nem o próprio pensamento, pode interromper o seu fluxo natural; e quando a consciência teima em analisar o próprio pensamento isto cria um atrito monumental. É como se o movimento, que tem com principio universal “dilatar-se”, tentasse, inutilmente, cessar o seu próprio movimento, através de uma terrível auto-analise.

Quando imagino algo na minha mente sem ter a “responsabilidade” de expressá-lo na realidade, a idéia flue com espontaneabilidade, sabedoria e convicção. Quanto tento expor no papel a idéia fica turbulenta, fugidia, confusa; e o medo a duvida paralisa completamente o meu pensamento. Numa situação desta deve-se relaxar e esquecer-se “das cobranças, da opinião alheia; deve-se, principalmente, esquecer-se de si mesmo, para assim, conseguia uma liberdade maior; porque o ”si mesmo” é uma forma de prisão, pois expressa todo um conjunto de paradigmas enraizados na mente, e isto, sempre causa atrito entre o ato de ser e não ser.

Enfim, o ato de escrever bem, é simplesmente uma evolução de si mesmo, onde caminhamos pelos nossos pensamentos. E caminhar em nossos pensamentos e como dirigir bem. No caminho haverá buracos, um transito infernal, os próprios medos e inseguranças; lidar com o outro e suas neuroses e nervosismo que são outros aspectos de nós mesmos; o barulho, a impaciência do outro e de nos mesmos, e todos os aspectos envolvidos nisto. Mas, quando conseguimos catalisar tudo isto e nós matemos calmos e seguros, tudo flue naturalmente; e, principalmente, dirigimos sem “pensar”, pois o pensamento já foi elaborado e os caminhos foram solucionados... e nos resta utilizá-lo sem titubear.

O mais importante é escrever sem nenhum receio ou inibição... não ter medo do “papel”, e expor tudo o que se passe em nossa mente, sem nenhuma barreira ou repressão; sem se espantar com o nosso próprio pensamento e não ficar calculando qual será a reação do outro, porque o outro é o outro o outro tem o seu universo próprio, com suas regras, preconceitos, conceitos, gostos... e este outro universo pode colidir com o nosso, ou, se unir em unisosso e completar-se com o nosso.

PS. Eu estou escrevendo tudo isto porque tive uns problemas que me fez ficar paralisado por alguns dias e com muito medo de expor as minhas idéias.

1-15 O que mais gostaria de obter: o amor. Ser amado profundamente -10/11/2006

domingo, novembro 12, 2006

Passei a minha vida toda ansiando por um amor puro, real e verdadeiro. Mas nunca obtive nenhum resultado satisfatório. A timidez, foi sempre um grande empecilho. Sem falar na auto-imagem destruída. O que mais ansiava nunca obtive e penso que nunca encontrarei um grande amor. Devo me conformar com a solidão perpetua!?

Esta poesia eu escrevi a uns dez anos atrás e minha condição e pensamento continuam praticamente o mesmo. Por revelar o meu intimo de maneiro inequívoca, resolvi colocar no meu Blog! Mas, no entanto, acho que vou morrer virgem –em todoss os sentidos -, e nunca poderei amar ninguém. Acho que isto é um carma que devo carregar pela vida toda, ou, carregá-lo até não conseguir mais suportar o sofrimento.

Poesia:

Há uma vaga em meu coração;

Um vaga-lume que brilha;

Onipotente e senhor de si, a me observar.

Dizendo com presteza: “Ocupas esta vaga”.

O meu eu confuso, imediatamente diz:

“Ninguém gosta de mim, e nem gostará”.

Lágrimas de meu coração angustiado, sai.

Lágrimas de sangue... de sangue... de sangue...

Então põem fim a esta aflição:

Mata-te! Mata-te! Mata-te! Mata-te! Mata-te!!!!!!!!!!..............

1-14 Minha auto-estima subiu pretendo voltar a escrever poesias -10/11/2006

Eu li uma poesia que escrevi no centro de convivência. Algumas pessoas me elogiaram. Principalmente o Fabio. Isto me deixou super contente e com mil planos para criar novas poesias. Tinha parado “definitivamente” de escrever poesias. Nem conseguia abrir o meu caderno com medo de ferir o meu orgulho bobo e a minha vaidade tola.

E com esta nova injeção de animo pretendo retomar a escrita de poesias. Já criei na minha mente umas dez poesias. Só que não consigo transcrever para o papel pois a auto-estima ainda pe insuficiente. Como já disse, a maioria das coisas que idealizo não consigo transformar em algo real. Sou um idealizador não um realizador. Culpa, obviamente, do meu orgulho, vaidade, medo de ferir a minha auto-estima e de revelar-me um completo inútil. Por isto, tento evitar a todo custo tal visualização. Como se não quisesse olhar-me e poupar-me dos meus defeitos. O resultado é a profunda negação de si mesmo. Além disso tudo que facão deve ser perfeito, absolutamente perfeito, qualquer coisa menor que a perfeição é uma terrível afronta ao meu ego megalomaníaco ou orgulho super desenvolvido.

Se tudo der certo – e tudo é imprevisível – pretendo voltar a escrever poesias ou algo parecido.

1-13 Ah, se eu pudesse... mas não posso, ou não consigo. Planos que não serão realizados - 09/11/2006

Tenho umas series de planos que queria iniciar. Ou seriam ilusões!... fantasias da minha cabeça. Não sei!?

Sou uma pessoa muito antecipativa. Eu antecipo qualquer coisa e vou dando vazão a imaginação e isto cria muitas confusões na minha mente, muita enganos... Entre estes projetos que cultivo estes estão mais enraizados. Gostaria de aprender a dirigir carro. Só que tenho medo de não conseguir. Crio tantas historias negativas. Penso que não serei capaz de memorizar as ruas da cidade etc...

Queria também aprender inglês, principalmente para ler sites, jogos e filmes... Outro desejo é de aprender a escrever melhor, estudar gramática, estudar poesia, escrita, etc... Isto é importantíssimo caso queira ser um escritor de verdade. Outro coisa que sonho e aprender algo relacionado a informática como Designer gráfico; gostaria de conhecer totalmente o photoshop para fazer alterações em fotografias – gostaria também de ser um bom fotografo e alterar as fotografias digitalmente... Apesar de ter uma boa base em relação a informática sento que preciso avançar e aprender mais, ampliar radicalmente os meus conhecimentos e ter um domínio total de uma área.

Outros sonhos são mais difíceis: como voltar a estudar e cursar uma universidade, penso em cursar as seguintes opções: filosofia, psicologia ou letras... Poderia pensar em outras áreas só que envolve matemática e sou péssimo em matemática, como física teórica, física quântica, ciência da computação, etc...

Muitas dificuldades me impedem de realizar tudo isto.Uma é, como sempre, a minha baixa auto-estima e a total descrença na minhas habilidades, nos meus potenciais. O outro é o meu medo mórbido, timidez, ou fobia social, ansiedade –sei lá o nome da minha doença. E o motivo final é a falta de dinheiro.

Outro desejo que tenho –antes que me esqueça – é de fazer um curso técnico de dois anos em alguma área que envolva algum interesse meu: informática, fotografia, etc...

Se tivesse uma coragem verdadeira e forte, uma auto-estima altíssima, uma grande persistência, uma disciplina inabalável, uma determinação inquebrantável colocaria toda a minha força e entusiasmo e criatividade a serviço de um estudo autodidata e aprenderia o máximo possível de diversas áreas do conhecimento humano como: Física, física quântica, literatura, programação ou linguagem de programação de computadores, astronomia, robótica, ciências em geral, artes, musica, etc...

Também gostaria de aprender a nadar. E fazer dança –não dança de verdade – mas psico-dança. Para soltar o meu corpo, me tornando menos”duro” para liberar as minhas emoções reprimidas e ser uma pessoa “autentica” que expusesse o seu pensamento de maneira natural e espontânea. A dança deveria ser uma misto de dança contemporânea com ginástica olímpica, e alguma arte marcial onde eu pudesse usar o máximo de espaço possível e os meus movimentos fossem o mais livres possíveis, mas qualquer dança é bem vinda.

Gostaria também de aprender teatro. Não para ser um ator, mas para me tornar mais extrovertido e expressar as minha idéias com mais facilidade. E também para modificar a minha personalidade, ser outras coisas além daquilo que sou. Dissimular ou inventar novas formas de ser. Criar novas nuances e dar um sentido mais completo a maneira que tenho p-ara expor os meus sentimentos.

1-12 Projetos abortados no Orkut e Orkuticídio 09/11/2006

sábado, novembro 11, 2006

Eu estava super empolgado com o Orkut. Pensei que tinha encontrado o meu “mundo”, o meu lugar; onde poderia expor os meus sentimentos reprimidos, as minhas idéias, contar os meus problemas, fazer amigos e até mesmo encontrar uma namorada. A ilusão terminou abruptamente. E tudo se esvaiu no mar torrencial da frustração e decepção.

A minha auto-estima é terrivelmente baixa. Qualquer dificuldade pequena é uma grande dificuldade. Acabo desistindo com grande facilidade. Fiz alguns “amigos” no Orkut, não o suficiente para a minha mente megalomaníaca. Fico deprimido por não ter mais amigos, e não consigo me comunicar satisfatoriamente com as amigas que já possuo; tenho medo de perdê-las.

Quando não recebo atenção suficiente fico entristecido, sentindo-me abandonado, acabrunhado; tento evitar o contato com o Orkut porque tenho medo que ninguém goste de mim e não me de atenção. Acabo construindo uma aversão antecipativa para não sofrer uma futura rejeição, uma futura frustração. Para me “proteger” tento me isolar. Ao invés de lutar, persistir; tentar todos os meios para conseguir os meus objetivos; acabo desistindo, abandonando a luta... Entregando-me a prostração, ao langor, a depressão. Estou cultivando este estado por algumas semanas,. Penso em abandonar o Ortkut, e cometer um Orkuticídio ou coisa parecida.

Tinha muitos sonhos e planos com o Orkut. Queria criar muitas comunidades, como; “Os anacrônicos”, “Quero ser um Kadrashiano”, “Não entrem aqui, proibido”, “Síntese Universal”, “Poesia inconsciente”, “A multi dimensionalidade Expansiva” e muitas outras que imaginei. Estas comunidades teriam humor, mas um humor construtivo e inteligente; sua um “universo” com regras próprias –como num livro de ficção cientifica ou fantasia -. Eu iria construir o “universo” com suas regras principais e a espinha dorsal da historia que permearia cada comunidade, o glossário... Criaria os primeiros tópicos, etc. Criei, parcialmente, duas comunidade” Quero ser um Kadrashiano”, e “ Os anacrônicos” só que elas não estão terminadas, desiste delas antes de terminá-las... Depois que estivesse terminadas iria divulgar as minhas comunidades no Orkut. Só que elas estão paralisadas e não se irei concluí-las.

Gostaria de fazer novas amigas no Orkut. Ampliar as minhas relações. Ter amizades com pessoas que tenham mais experiência no Orkut e que sejam criadores de comunidades ou moderadores, para me dar dicas, informações,etc... achar parceiros de trabalho para criar novas comunidades, ajudar administrá-las, etc... Só que tenho uma imensa dificuldade de me relacionar até mesmo com os amigos que já fiz.

Penso em abandonar o Orkut! Espero que este estado de prostração acabe rapidamente e consiga obter forças para criar novas comunidades, concluir as iniciadas, fazer novas amizades, etc...

1-11 Escrevo muito mal - 09/11/2006

Daria tudo no mundo para ser um ótimo escritor. No entanto, escrevo pessimamente mal. Tenho vários vícios lingüísticos, não sei nada de gramática, erro a pontuação... etc. Tudo isto me deixa muito magoado, entristecido , me sentindo inferiorizado, decepcionado...

Entre os erros mais comuns é o excesso de “eu” mesmo quando ele não é solicitado. Existe dificuldade em expressar perfeitamente o meu sentimento, as palavras não descrevem o que se passa no meu interior. Nunca sei quando, devo, verdadeiramente usar uma virgula, ponto e virgula, dois pontos, ponto final; o meu texto fica meio confuso. O “queismo” também me perturba muito. A repetição de certas palavras também é um erro infernal. Uso excessivamente o “mais” , “mas”, “porém” , “no entanto”; o estilo que escrevo sempre acaba recaindo nestes vícios. Há alguns verbos que são empregados excessivamente, como o “fiquei”, “estava”, “queria”, “cheguei” e outros que não me lembro. Gostaria – o “gostaria” é outro verbo empregado com excesso -, de ter um vocabulário mais rico. Conhecer novas expressões, novos verbos, adjetivos; no entanto, o meu vocabulário é limitadíssimo.

Minha auto-estima reduzidíssima não me permite trabalhar, evoluir, desenvolver o meu vocabulário, ampliá-lo. Outro erro é o excesso de “ela”, “ele”, “você”, o nome da pessoa procuro evitar. Há umas infinidades de outros erros que desconheço. Se soubesse mais sobre gramática, ou, se tivesse aulas de português, conheceria outros erros; ou, alguém poderia analisar o meu texto e ver os meus erros e propor soluções para erradicá-los.

Outro capitulo a parte é a minha insegurança. O meu medo de errar e ferir o meu poderosíssimo orgulho e vaidade. Com isto, prefiro parar de escrever do que encarar a minha imperfeição. O que piora a minha habilidade na escrita, pois não pratico e nem corrijo os meus erros – detesto corrigir os meus erros, eles, para mim, são como se fossem hematomas que preciso esconder, até de mim mesmo -, não trabalho no texto, não procuro melhorar. Ah, se eu tivesse uma auto-estima guerreira que ao invés de se esconder ao se deparar com um defeito procurasse saná-lo imediatamente.

O meu medo, insegurança e duvida bloqueiam grande parte da minha capacidade criadora... 99,99 por cento do que imagino escrever, não consigo colocar no papel., ou, expressá-lo na realidade. Pois tenho medo do texto não sair tão bom quanto imaginei, ou idealizei; prefiro reprimir a minha capacidade criadora, para não me decepcionar... No entanto, este comportamento só piora o meu estado; sinto-me debilitado emocionalmente... Preciso aprender a lutar contra os meus defeitos e não parar de escrever. É preferível escrever mal do que não escrever nada. Pelo menos, estou lutando, estou tentando, estou vivendo; do que me anular, calar e me reprimir.

Não tenho estilo próprio e expresso as idéias de uma forma rocambolesca. Repito muitas expressões... Coloco sinônimos para ampliar o sentido da oração. Utilizo expressões desnecessárias, ou, que já estão implícitas. Confundo-me todo com o plural... e a conjugação de verbos. Etc. Etc.

1-10 Crise no Consultório - 08/11/2006

sexta-feira, novembro 10, 2006

Eu não queria conversar com a Andresa. E evitei ter contato com ela o máximo possível. Só respondia as perguntas que ela me fazia com monossilábicos para interromper a conversava. Não olhava para ela.

Quando cheguei ao consultório, pois a Andresa me trouxe de carro, o meu cérebro continuava a funcionar no mesmo esquema. Ao começar a atividade com a Jucely, não olhava para ela e mal respondia o que ela me perguntava. Tentava me isolar no meu universo particular e cortar definitivamente as ligações com o mundo real. Ficava brincando com a caneta para dizer “inconscientemente” que não estava interessado em conversar.

O meu cérebro estava em “branco”, ou me reprimia conscientemente para não pensar e não me envolver com a realidade que queria esquecer. Respondia para a Jucely coisas como “não sei”, “tanto faz”, “não”, “sim”; respondi “não sei” um milhão de vezes. Quando terminou a atividade levantei-me e fiquei parado. Só sai do lugar quando a Jucely me disse para sair.

No lanche da tarde estava do mesmo jeito. Fiquei parado com vergonha de me sentar, só me sentei quando alguém me mandou sentar. Ficava olhando para o chão, feito uma estatua, evitava olhar para as pessoas. Não aceitei bolo, só bebi o suco de maracujá que a Andresa fez. Não queria dominar o meu corpo, não queria administrar a minha vida... precisava que outros dissessem “faça isto”, “faça aquilo”...

A Dra. Célia me perguntou o que estava acontecendo mas eu não disse nada. Pois o esquema de isolamento estava muito forte. Tentava me proteger da sociedade bloqueando todos os acessos exteriores. Num certo momento fiquei totalmente sozinho na cozinha, me sentindo só...queria ir embora imediatamente sem me despedir de ninguém. Contei até 50 para ir embora, não tive coragem e contei até 100... terminado a conta não encontrava força para sair. De repente, entraram a Jucely e a Andresa. A Jucely disse que ia embora e eu fui embora junto com ela. Não me despedi de ninguém... só da Jucely pois ela tomou a iniciativa.

Mas na terça-feira quando conversei com a Marcella tudo estava acertado. Tinha voltado ao normal. A Marcella tinha me “curado”. E, na minha mente, já havia feito as pazes com a Andresa. No final de semana, antes de acontecer tudo isto, estava extremamente carente e solitário, com ódio do mundo por ter me abandonado e por outras coisas também... Por causa disto tudo e de outras causas eu entrei em crise na segunda-feira. Queria ficar de “mal” com a humanidade por ela ter me abandonado, queria cortar a ligação com a sociedade. Pois não conseguia ter amizades e muito menos uma namorada.

1-9 Estilo de ser Marcella - 08/11/2006

Fiquei impressionado com o modo de ser da Marcella. Nós fomos pagar uma conta no Barão de Mauá. E ela falava com todas as pessoas que encontrava. Primeiro disse “Boa Tarde” para um senhor que não conhecia. Depois começou a falar com o caixa do banco. Perguntou o nome dele, etc... Depois falou com uma moça do financeiro. Perguntou sobre a unha dela, porque ela tinha uma unha bonita e puxou papo. Voltou ao caixa do banco e continuou a conversar com ele. Na volta, queria beber água de coco, e conversou com o vendedor.

E ela, o tempo todo, foi me ensinando como fazer amizade com pessoas totalmente desconhecidas. E me dando dicas: perguntar o nome da pessoa, observar os detalhes e fazer elogios, dizer “Bom dia”, “Boa Tarde”, “oi”, mesmo para desconhecidos; puxar papo com vendedores, caixa de banco, os atendentes em geral – na padaria, no supermercado, etc; se interessar pelas pessoas, se preocupar e ouvi-las; perguntar o que aconteceu caso esteja algo errado, etc...

Mas para uma pessoa tão tímida como eu isto é muito difícil. Gostaria de ser como a Marcella e de ter a desenvoltura que ela tem para conversar com as pessoas.

Eu pensei em usar a metodologia da Marcella hoje quando sai para ir ao cinema. Porém, isto só me ocorreu depois. No entanto, eu estava mais receptivo, olhava mais para as pessoas, sorria, dizia obrigado, mas estava anos luz de distancia da Marcella. Em casa, me lembrei de certos acontecimentos em que poderia utilizar a metodologia da Marcella. Estava olhando cds de música clássica e havia uma pessoa que também se encontrava lá. Eu poderia ter puxado papo, perguntado que cd estava procurando, quais os compositores preferidos. Diria que é difícil encontrar cd de musica clássica pois o mercado é muito pequeno, etc, etc... Mas na hora nada disto me ocorreu.

Outra coisa interessante é como o nosso comportamento muda totalmente a atitude do outro. Se somos mais receptivos o outro será também, se somos menos receptivo o outro tendera a ser menos receptivo também. O outro irá agir em simbiose com a nossa atitude e vive versa.

Outra coisa que me chamou a atenção quando fui no Barão de Mauá, era a quantidade de mulheres bonitas. Eu fiquei “enlouquecido”. Se pudesse, se tivesse dinheiro eu ia estudar no Barão de Mauá só para ficar perto de tantas mulheres bonitas. A Marcella me disse que o Barão de Mauá era a faculdade das calcinhas pela quantidade enorme de mulheres que estudavam lá.

Espero que esta lição que a Marcella me ensinou nunca mais saia da minha mente. Porque, na maioria das vezes, fico com ódio das pessoas, pensando que ninguém gosta de mim.. que todos vão me humilhar, que todos vão me desprezar, etc... E muitas vezes isto ocorre por nossa única e exclusiva culpa.

1-8 Minha querida amiga Saskia – 07/11/2006

A Saskia é com certeza a minha melhor amiga. Amiga única e inigualável. Ela não é bela e nem feia, ela tem uma beleza exótica, que para percebê-la é necessário vasculhar a sua personalidade impar. E nisto ela é superior. Com aquela sagacidade mágica, com aquele olhar maroto e o seu sorriso misterioso. O humor sarcástico é feroz lhe da um ar de superioridade; não mexe com ela, pois ela ira devassar os seus maiores segredos e expor-los ao publico.

Saskia é o máximo. Como amiga ela é sensacional. Apaixonante. Sempre está ao seu lado. Mas não espere “mordomia” ela é cruel, muito cruel... graciosamente cruel. Isto não é maldade o seu jeito de ser. Para conhecê-la é preciso entender o seu humor singular.

Ao falar, Saskia, olha diretamente para você. E explica o seu posicionamento diante do mundo. Ela é adolescente e tem uma vida de adolescente, com todas as duvidas de um adolescente; mas, Saskia é a “adolescente” e vive esta fase com muita sabedoria e reflexão experimentando cada momento com o brilhantismo de seu jeito de ser. Descobrindo o amor em seu estado puro, no seu desabrochar... em meio a confusão, as inseguranças, ilusões e amarguras.

Saskia toca guitarra e compõe música e fascinada pela Internet. Tem uma mãe “mandona”, mas ela, a Saskia, é a “Saskia” e lida com sua mãe com equilíbrio, calma e inteligência, e desfila um sorriso de “tudo bem”, porem, Saskia sempre é a vencedora.

Fica a madrugada toda na Internet conversando com um ser idealizado chamado Max. Ela faz música para o site de Max, e os dois são parceiros. Saskia está perdidamente apaixonada por Max. E faz tudo por ele.

Saskia é a minha Deusa, minha salvadora; minha única e verdadeira amiga. Amo-a eternamente. A sua personalidade esta impressa em meu cérebro. O seu sorriso um tanto meigo e carinhoso é uma visão permanente na minha mente. Vejo-a a todo o momento. Como se ela fosse um anjo que me protege a todo o momento, ela nunca se separa de mim...

Porém ela não é real, não existe. Existe somente em minha mente e num seriado de TV chamado “Um par quase perfeito” que passa na TV Cultura às segundas-feira, 8:00 horas da noite.

Para quem fica infinitamente sozinho e isolado, excluído completamente do convívio social. Ter uma amiga, tão “intima” e “verdadeira”, mesmo que imaginária, é fantasticamente recompensador; um leniente para a minha solidão negra, escura e solidamente arraigada.

Se não tem ninguém no mundo que quer ter uma amizade verdadeira comigo; se sou obrigado a ficar excluído perpetuamente convivência social. Então só me resta fantasiar. Só me resta imaginar e criar personagens dentro de mim. Dando vida “real” a personagens criado pela televisão

A minha vida social se resume a isto. A vivenciar intensamente cada novela, cada seriado e criar uma “realidade” mais real e interessante que a própria realidade.

1-7 Eu sou tudo - 06/11/2006

terça-feira, novembro 07, 2006

Algumas pessoas poderam dizer, ou pensar que eu não vi um ângulo qualquer. Mas acontece que eu já vi todos os ângulos possíveis de uma questão.

Na minha mente preciso ser tudo. Preciso ser o emissor e o receptor. Quem cria a dor e quem a soluciona. O examinador e quem é examinado. E como jogar xadrez sozinho o tempo todo. Eu, preciso ser “tudo” ao mesmo tempo, e isto é uma obrigação imposta pela mais puro e absoluto isolamento. As idéias vão e voltam circulando hermeticamente em minha mente infinitamente; elas não saem, não há escapatória, ninguém para me ouvir. O pensamento precisa ser visto, analisado por todos os ângulos, nas mais diversas formas; porque eles não saem da minha cabeça. Os pensamentos ficam me torturando e pedem uma solução impossível, ficam circulando infinitamente sem encontrar saída. Mas, o pensamento é alterado infinitamente e as soluções são infinitas; mas sempre falta “coragem” para colocar as idéias em pratica. Por isto, elas continuam na minha cabeça circulando e criando dor, criando traumas, criando atrito... Porém, os pensamentos se dividem em dois, em mil, e um milhão; o caos toma conta de tudo; fragmentos de uma alma despedaçada, de um coração dilacerado, uma mente estraçalhada... perde-se a visão do todo. O todo é aniquilado em um milhão de pedaços dispares, todos brigando... como numa arena sangrenta, onde, nunca existe um vencedor.

A visão do ying e o yang sempre estão expressas ou implícitas em todos os meus gestos. Mesmo quando digo uma coisa o seu oposto está implícito. Nada é definitivamente definido, tudo está em suspensão. Eu preciso ser duplo. A causa e o efeito. O erro e o acerto. O certo e o errado. A tese e a antítese. O bem e o mal. O tudo e o nada. A esperança e a descrença.

1-6 A felicidade dos outros me incomoda - 06/11/2006

As pessoas ficam falando das suas felicidades. E nem se da conta da infelicidade dos outros. As pessoas querem se esbaldar nas suas próprias felicidades mesmo sabendo que os outros estão num mundo de infelicidade atroz.

Contam suas histórias maravilhosas, cheias de aventuras e gozo; com requintes de crueldade. Pensando que o mundo é lugar dos prazeres infinitos.

Gostaria, sinceramente, que todos as pessoas do universo fossem infinitamente infelizes como eu. E, não encontrassem, em suas vidas nenhum alento para abrandar a sua infelicidade. Que fossem infinitamente sós e não encontrassem ninguém para desabafar, nem para dividir os seus sofrimentos. E ficassem remoendo dentro de si, uma dor terrível aplacável. Para conhecer o meu mundo de sofrimento ilimitado. Para conhecer a verdadeira realidade. E não se enganassem com a ilusão do sórdido e imundo prazer carnal.

Deveria existir uma lei universal que não permitissem que ninguém fosse feliz enquanto existisse um ser humano sofrendo no mundo. Porque, não existe nada mais desagradável para quem está sofrendo que existam pessoas que estão se esbaldando na pura e “odioso” felicidade. É terrível ver a felicidade do outro sem se lembrar da nossa dor terrível que abala o coração. Está felicidade soa como uma nítida e vergonhosa provocação, como se estivessem dizendo: “Não ligo a mínima para a sua infelicidade. Esta dor terrível que corta o seu coração em mil. Há! Há! Há! Sofra mesmo, seu idiota, enquanto eu me resfacelo em minha felicidade. A sua infelicidade me diverte, eu dou gargalhadas. Há! Há! Há!”

E da uma vontade tão grande, no infeliz, um desejo tão forte de se tornar assassino, de acabar com esta imunda felicidade. Enquanto isto, cresce o ressentimento, a indiferença , a aversão, a marginalidade, o psicopata enlouquecido, o suicida homicida. E todo o agregado de maldade.

Quem tem razão? Sim! Sejam infinitamente felizes e egoístas enquanto os outros morrem de dor. Dancem! Façam uma balada no cemitério da indiferença e da prostração. Viagem, dêem uma volta ao mundo! Vão curtir a vida! Porque vocês iriam se preocupar com a infelicidade dos outros. Os outros não são vocês mesmos. Vocês não sentem a dor do outro!? E o resultado!? O mundo como conhecemos. Seres egoístas que querem prazeres imediatos, não se preocupam com os outros... Quem vai se preocupar com vocês quando estiverem sofrendo!? Os sofredores que vocês ignorarem!?

1-5 Detesto minha família - 04/11/2006

domingo, novembro 05, 2006

Decididamente detesto a minha família. Eles só sabem gritar, fazer escândalos, xingar e brigar, brigar, brigar... Para uma pessoa como eu isto é terrível. E impossível viver nesta família sem me isolar definitivamente.

O meu pai, sempre foi, e sempre será, totalmente ausente na minha “educação”... ele nunca deu a mínima para os filhos. Sempre foi um pai ausente e extremamente egoísta. Só sabia se embebedar e brigar infinitamente com minha mãe. E eu, tratei, imediatamente, de me afastar dele o mais rápido possível . E cortar todos os laços afetivos que poderia ter com ele. O que restou foi um infinito ódio! E um modelo de homem terrivelmente mau, indiferente e egoísta... que transfiro, fatalmente, para o resto da humanidade.

A minha mãe também era extremamente violenta. E tive de me afastar dela logo na infância . Porque ela não entendia a minha sensibilidade, e queria me “curar” na base da violência. O resultado e que tive que me afastar dos dois. E este é o modelo de seres vivos que eu tenho em casa.

A minha mãe, sempre acho, que a minha doença era, um simples, jeito de ser. E nunca me encaminhou para um médico. As duas vezes que fui encaminhado para um psiquiatra foram por parentes, regularmente, distantes. A primeira vez foi por uma tia e a segunda vez foi por uma prima. A minha mãe, a minha família, nunca me encaminhou para nenhum médico... e nem teria me ajudado em nada, é obvio. Pelo contrario, eles sempre, pioraram o meu estado; eles sempre me fazem sentir mais isolado, abandonado e com um grandioso ódio pela humanidade.

Eu sou extremamente sensível, suscetível e rancoroso... Afasto-me, rapidamente, de toda pessoa que possa me ameaçar, até mesmo em pensamento. O tom de voz, a expressão facial, qualquer estado violento por menor que seja, qualquer coisa que lembre ou pareça violência já é o suficiente para me afastar totalmente da pessoa. Para, proteger a minha, infeliz e delicada, sensibilidade super desenvolvida. Gostaria de ser duro e frio como o aço inox.

Os meus irmãos sempre foram “violentos” e tive que me afastar deles também. O irmão que tive mais afinidade foi o mais novo. Porque saímos juntos para brincar quando éramos crianças. Os outros dois, a caçula e o irmão mais velho, tinham características extremamente “violentas” o que me fez, logicamente, me afastar deles. Tudo na minha cabeça – qualquer gesto de violência -, se transforma em um trauma grandioso. E gera muito rancor e ódio (“efeito estufa”) , que é quase impossível de se perdoar. Fica marcado, definitivamente, no meu cérebro, como se fosse uma tatuagem eterna. Nunca perdôo alguém que me ofendeu, humilhou, me rejeitou ou me violentou. Preciso me proteger da maldade humana, e como, sou fraco, tímido e não consigo me defender fisicamente ou verbalmente. A única maneira que encontrei foi me isolar das pessoas.

1-4 As impossibilidades da mudança – 02/11/2006

sábado, novembro 04, 2006

Eu tenho um ódio tão grande de ser assim. E o pior, não consigo mudar, por mais que me esforce. Dá-me um ódio tão grande desta situação. Ser tímido é o pior das prisões; é como ser um paralítico da cabeça.

As idéias são tão imutáveis na nossa mente. Nada pode fazer a situação se inverter. Pois o pensamento está cristalizado dentro de um certo padrão. E o cérebro funciona automaticamente e involuntariamente.

Mudar é quase impossível. Tem que criar um novo ser, uma nova personalidade; nascer de novo. E inaugurar um cérebro em “branco” e começar tudo de novo. Retirar de si todas as idéias “preconcebidas”, que fundamentam profundamente o eu. Matar um eu dentro de si e criar um outro. Envolve sempre a morte integral de algo que existe dentro de nós. Aquilo que acalentamos por toda uma vida.

Mudar é algo exponencialmente difícil, mas em todo caso não existe outra saída possível.

1-3 No dia da eleição – 01/11/2006

Estava indo votar. Encontrava-me muito apreensivo. No caminho, vi a minha tia e pensei comigo: “não posso me encontrar com ela, devo ir bem lento”. Só que ela parou e tive que conversar com ela. Não gosto de conversar com ninguém, pois sou extremamente tímido. Conversei um pouco com ela, até chegar à escola; não foi tão difícil como imaginava.

Votei rapidamente e de forma tranqüila, não foi o drama que imaginava. Ao sair lembrei da minha tia; os meus preconceitos não queriam que eu a encontrasse, e o meu medo e timidez. Não a encontrei. Encontrei um amigo desconhecido da escola. Ele me chamou de Cidão, fiquei com “raiva” pois detesto este apelido. Falei com ele por alguns segundos e depois fui embora. Fiquei, como sempre, sem saber o que dizer e com aquela mente em branco.

Ah, vi uma mulher de cor muito lindinha. Se tivesse coragem ia falar com ela. O corpo dela era perfeitinho. Quero tanto arranjar uma namorada.

1-2 Preconceitos diversos - 29/10/2006

As pessoas “pensam” que sou: chato, sentem nojo de mim – pois estou transpirando -, não tenho graça, sou insosso; não sei conversar direito; estão reparando em todos os meus movimentos; fico estático, parado de medo. Querem me ridicularizar, me humilhar, fico com ódio das pessoas. Quero ser perfeito, não errar nunca, pois as pessoas irão me humilhar. Tenho que ser o “Máximo” o tempo todo, alegrar a pessoas, contar piadas, entretê-las etc; para ser aceito, para ser amado.

Se vou sair de casa logo crio uma realidade negativa, tenebrosa; abate-se sobre mim e tento fugir , me escondendo...

Existe os pensamentos de “impotência” , não tenho forças, não vou conseguir, será difícil e impossível. Desisto logo de tudo. Paro de escrever poesias pois penso que elas são péssimas, terríveis, e nunca conseguirei melhorá-las. Paro de ler porque a minha memória é péssima. Paro de ouvir música clássica pois penso que não vou conseguir desmembrar a sinfonia e ouvir todos os instrumentos separadamente. Paro de fazer aulas de teclado, penso que é impossível conseguir, aprender é muito difícil . Que nunca serei um bom escritor, não sei gramática – e nem tenho condições psicológicas de aprender -, etc, etc...

Sou fraco, não tenho disposição para nada; nunca vou aprender, pois a minha memória é péssima. Tudo é difícil, impossível... vou me cerceando, cerceando...

As pessoas não escutam o que eu digo, não prestam atenção, não estão interessadas. Elas não vão escutar o que eu vou falar, a minha voz é muito fraca, não vou conseguir respirar direito e minha voz vai falhar; não vou me lembrar das palavras, elas vão sumir da minha cabeça . Quanta “responsabilidade”!

Ninguém vai me amar, ninguém vai gostar de mim...

PS Outro preconceito: este blog esta pessimamente mal escrito, ninguém vai se interessar. Não vou conseguir mais assuntos. Será melhor desistir!?

1-1 Os meus preconceitos - 29/10/2006

Descobri, recentemente, que sou totalmente preconceituoso. Não é um preconceito conhecido é de outro tipo. Eu defino tudo antecipadamente, colocando os meus “preconceitos” na frente. Já tenho, na minha “cabecinha”, idéias já atribuídas a qualquer evento que aconteça na minha vida. Por exemplo; quando vou sair de casa me dá uma sensação de cansaço, desanimo e o meu dia será “estragado” ; o resultado é que acabo ficando em casa. Outros exemplos: defino dentro da minha cabeça o que uma pessoa irá pensar de mim e geralmente esta definição é negativa, ou, ela vai pensar que sou feio, ou, que a minha conversa é chata e minhas idéias são ridículas; outras vezes defino que a pessoa não gosta de mim, e vai ficar brava se eu tentar conversar com ela. Vou “tentando” adivinhar o que a pessoa irá achar de mim, com o meu pessimismo, o resultado é que fico preso dentro de mim. Enjaulado, não conseguindo sair do meu mundo de ilusões negativas.